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As casas que foram interditadas pela defesa civil há mais de 3 anos estão sendo
saqueadas e destruídas, principalmente pela ausência de segurança no local
e facilitada pelo abandono da área, já que poucas famílias hoje habitam na área;
O único ponto de apoio para chuvas fortes no bairro é numa creche improvisada
em uma casa que antes abrigava uma confecção. Nesta creche estudam cerca de
40 (quarenta) crianças.
Visitamos a única escola do bairro (Ensino Fundamental 1) que funciona
atualmente em uma casa improvisada para 90 (noventa) alunos, em um turno.
Com a mobilização do comitê de Córrego d`Antas, através do programa Mais
Educação, em breve a escola terá também o turno da tarde, como era no edifício
onde funcionava anteriormente. Atualmente, esta edificação está abandonada,
enquanto outra escola estadual, sem interdição pela defesa civil, continua em
funcionamento, mesmo oferecendo perigo para os estudantes, segundo relatos dos
moradores.
É importante ressaltar a falta de critério e condições para realocação das famílias
afetadas pelas chuvas. Como visto, a única assistência do Estado se deu no sentido
de retirada das famílias de suas casas, não estando previstas obras de redução
de riscos ou critérios de realocação no mesmo território, que garantam o direito
a moradia e a dignidade. Com a falta de critério e planejamento das obras, não
é possível saber de fato qual a pretensão do Estado diante das famílias e qual é a
política pública de proteção e defesa civil do Estado.
Outras informações referente ao município:
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2.700 (duas mil e setecentas) famílias recebem aluguel social do Estado, sendo 20
(vinte) remanescentes da tragédia de 2007. Inicialmente, em decorrência da perda
de documentos na tragédia, não houve rigor na exigência de documentação para
solicitar o aluguel social, o que ocasionou uma série de fraudes. Mas atualmente,
registra-se um déficit de aluguel social para cerca de 2.000 (duas mil) pessoas que
necessitam desse benefício e não conseguem acessá-lo.
Conjunto habitacional Terra Nova MCMV – já foram reassentados 980 famílias,
com previsão de construção de mais 1350 (mil trezentos e cinquenta) unidades,
em parte do empreendimento ainda em construção. Conforme informação de
moradores, apesar do reassentamento significar uma situação social e habitacional
melhor que a de origem, é possível identificar problemas: criminalidade
(nos condomínios mas que também estão afetando os bairros vizinhos), distância
dos serviços públicos (posto de saúde, hospital, escola), ausência de comércio
(farmácia, padaria, mercado, etc.), precariedade do transporte público (nos fins de
semana não há serviço), intermitência no abastecimento de água (os prédios não
contam com