Relatório de Atividades e Contas 2017 RAA2017 | Page 66
Após a fase de emergência e de apoio seguiu-se a fase da reconstrução. A Cáritas de
Coimbra recebeu um conjunto de situações de pessoas e famílias afetadas nas suas
habitações permanentes, distribuídas por concelhos e tipo de intervenção. Visitou todas
as habitações que lhe foram confiadas para analisar o impacto orçamental da
reconstrução, parcial ou total, e recolher os elementos essenciais para formular o
compromisso, de acordo com os valores que estavam confiados. O critério foi: única e
inteiramente, para com as situações de 1ª habitação e os casos sociais.
O COMPROMISSO CÁRITAS traduziu-se na reconstrução de 40 habitações, 21
consideradas com danos totais e 19 com danos parciais ou de baixa relevância
construtiva.
No âmbito da reconstrução total, a Cáritas de Coimbra visitou as primeiras habitações
afetadas pelos incêndios de junho, acompanhada de técnicos de arquitetura e
construção civil, com o intuito de recolher elementos técnicos para a elaboração dos
projetos e informação adicional para tratamento de todos os processos burocráticos.
Após elaboração dos projetos, o Presidente da Cáritas Diocesana de Coimbra, Pe. Luís
Costa, acompanhado de uma equipa de arquitetos, deslocou-se ao local para mostrar
individualmente e de forma detalhada cada projeto às famílias afetadas. Após análise e
aprovação dos projetos pelos proprietários e usufrutuários, avançou-se para a fase de
orçamentos, concursos e adjudicação de empreitadas para a reconstrução de
habitações.
Perante o cenário de flagelo vivido nos concelhos da Diocese de Coimbra nos Incêndios
de 15 e 16 de outubro de 2017, a Cáritas de Coimbra mobilizou técnicos para o terreno
para estabelecer contactos para ajudar nas carências prementes. Agilizou contatos com
as autarquias no sentido de aferir quais as necessidades de emergência para que
pudesse responder às famílias e pessoas afetadas pelos incêndios, que em poucas horas
devastou as povoações destes concelhos. Nos primeiros três dias fez chegar às
localidades que o solicitaram mais de 4.800 bens de primeira necessidade.
A ação Cáritas desenrolou-se em duas fases: Fase de Emergência e Fase de Apoio.
Na Fase de Emergência, a Cáritas de Coimbra propôs apoiar as necessidades básicas das
pessoas afetadas, de modo a garantir a sua subsistência, num princípio de celeridade
operativa. Esta ação traduziu-se no apoio a cuidados diretos (habitação - pequenas
intervenções e eletrodomésticos; vestuário - pessoas desalojadas e desprovidas dos
seus bens; mobilidade e acessibilidade direta das pessoas) e apoio a cuidados indiretos
(alimentação dos animais - pecuária; alfaias agrícolas e infraestruturas de apoio
agrícola).
Na Fase de Apoio procedeu-se ao acompanhamento e à articulação em que a Cáritas de
Coimbra, em estreita colaboração com as autarquias e outras entidades, propôs-se
proceder à gestão das necessidades identificadas, por estas entidades ou por
particulares, e agilizar o processo de voluntariado que envolvia cada ação, numa lógica
de oferta/procura.
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