Relatório da Comissão de Direitos Humanos da Alerj - 2015 | Page 51

50 | RELATÓRIO DA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA DA ALERJ | 2015 “Não é de hoje que se sucateia o espaço público para privatizá-lo. E o Parque do Flamengo faz parte desse processo”, afirmou Marcelo Freixo ao encaminhar o envio de ofícios à Unesco e ao Iphan solicitando o plano de gestão da Marina da Glória; envio de pedido de informações ao Ministério Público sobre a ilegalidade no corte das árvores do Parque; ofício à Cedae para a disponibilização do projeto de esgotamento e abastecimento para os empreendimentos previstos pela BR Marinas; realização de audiência conjunta com o Tribunal de Justiça para ações comuns; além da solicitação à Prefeitura sobre o projeto para a Marina da Glória. A ausência do Inea na audiência pública foi questionada. Ao constarem a expansão ilegal da Marina da Glória, já que além da apropriação privada do espaço a BR Marinas inseriu grades em locais que dão acesso ao mar, a Federação de Remo do Estado fez diversas reivindicações. Entre elas está o embargo das obras até a construção da rampa pública do Calabouço. “Exigimos o respeito ao projeto original do arquiteto Amaro Machado e à lei que diz tratar-se de uma área pública não edificável. Reivindicamos a participação popular nas decisões do poder público por intermédio de um conselho gestor, afirmou Alessando Zelesco, da Federação de Remo do Estado. Ele garante que o projeto de revitalização da Marina da Glória não é para todos. 3.2.2. ENTREVISTA: ALESSANDRO ZELESCO “Cidade Olímpica é um discurso fora da realidade” Leon Diniz Ex-presidente da Federação de Remo do Estado do Rio de Janeiro e integrante do movimento SOS Estádio do Remo da Lagoa, Alessandro Zelesco contesta as intervenções urbanísticas promovidas na área e a privatização desses espaços públicos. CDDHC: Quais são as consequências das intervenções urbanísticas que ocorrem atualmente na cidade do Rio de Janeiro para as práticas esportivas? Alessandro Zelesco: Eu vejo as intervenções na nossa cidade olímpica como uma hipocrisia, porque os equipamentos estão abandonados e não são usados para esportes. Me