RELATÓRIO FINAL DA SUBCOMISSÃO DA VERDADE NA DEMOCRACIA Relatório Final Desaparecimento Forçado na Democ | Page 87
consideradas durante a 116ª sessão do GT, a ocorrer entre 10 e 14 de setembro do
corrente.
O GT requereu ao Estado brasileiro informações que permitam estabelecer o paradeiro
ou destino das treze pessoas em apreço, sendo que seis referem-se a casos de
desaparecimento no estado do Rio de Janeiro, conforme os dados apresentados a seguir:
Rubens Beirodt Paiva. Data de prisão: 20/01/1971. Local: Rio de
Janeiro, RJ. Cumpre ressaltar que a referida pessoa foi incluída em lista
anexa à Lei nº 9.140/1995, tendo sido declarada morta. A última
informação recebida pela ONU refere-se à proposição de ação penal, por
parte do MPF, contra os militares José Antonio Nogueira Belham,
Rubens Paim Sampaio, Jurandyr Ochsendorf e Souza, Jacy Ochsendorf
e Souza e Raymundo Ronaldo Campos.
Marcos Antonio Rufino da Cruz. Data de prisão: 26/11/1994. Local:
Rio de Janeiro, RJ. Cruz era negro, servidor público e trabalhava na
Biblioteca Nacional, no município do Rio de Janeiro. Desapareceu
quando tinha 34 anos, quando foi preso pela Polícia do Exército em
operação nas proximidades do Morro do Fubá. Em 17 de janeiro de
1995, delegado de polícia teria registrado por escrito que Cruz, que
estava detido na carceragem da Polinter, havia sido transferido ao
Presídio Água Santa, onde não há registros de sua detenção, além de
terem desaparecido os registros de sua detenção na Polinter. À época, o
chefe da Polinter e o Comandante Militar do Leste negaram que Chaves
tivesse sido detido por suas instituições.
Alexander Santos Cunha. Data de prisão: 11/03/1995. Local: Belford
Roxo, RJ. Cunha teria sido detido por policiais militares. Em 1995, teria
sido instaurado inquérito pelo 20º Batalhão da Polícia Militar do Estado
do Rio de Janeiro, que supostamente não produziu provas suficientes
para condenação de quatro policiais alegadamente envolvidos no caso.
José Francisco do Rosário Filho. Data de prisão: 11/03/1995. Local:
Belford Roxo, RJ. Mesma situação que Alexander Santos Cunha, citado
na alínea anterior. Os dois teriam sido detidos juntos.
Jorge Antonio Carelli. Data de prisão: 10/08/1993. Local: Favela
Varguinha, Rio de Janeiro, RJ. A informação prestada pela ONU é de
que Carelli estava realizando ligação telefônica por meio de aparelho
público, quando foi detido e agredido por policiais da Divisão
Antissequestro (DAS) da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, que
realizavam incursão policial na Favela Varguinha. A Polícia Civil nega
ter detido Carelli. Moradores da citada favela alegaram que, no dia
seguinte, policiais da DAS retornaram à vizinhança e intimidaram
testemunhas do incidente. Em 1993, havia sido aberto inquérito, que
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