engoli água. E não estamos falando do tipo clara. Estamos falando de água de merda
marrom, com pedaços de merda ao redor. Estamos falando de um fedor de urina que é
forte o suficiente para lutar contra o caminho através do irresistível fedor de merda.
Então, de repente, eles apenas me deixaram. Me joguei contra a parede, ofegando por ar e
vomitando tudo ao mesmo tempo. Quando eu olhei em volta, eles se foram. Não havia
ninguém lá.
Não sei quem estava atrás de mim. Foram os homens de Santos? Eles me descobriram?
Era por eu olhar muito durante o café da manhã? Eu ainda não tive tempo perdido – eu
não poderia ter perdido, certo? Sem chance de ELE avisar Santos, certo? Certo? Ou... ELE
está brincando comigo novamente? ELE está tentando provar SEU ponto de vista ou me
impedir de fazer uma jogada no Santos? De qualquer forma, só quero sentar aqui e ficar
sozinho. Mas quanto mais eu fico sozinho, mais eu penso. E quanto mais eu penso, mais eu
me pergunto: eu sei o que é real? ELE me mantém tão retorcido que eu nem saberia se
Santos e seus rapazes realmente me colocaram ali de verdade? Eu poderia realmente
morrer e nem sequer saber o que realmente estava acontecendo? Eu apenas acreditaria
que ELE estava vindo até mim e cairia em qualquer escuridão da morte só para ELE assumir
o controle? Ou é o contrário? Estou tão imperconsciente agora que estou finalmente
sendo atacado de verdade, teria que ser tão intenso, tão brutal, por que cada fibra do meu
ser é tão intensificado e pronto para sentir cada coisinha que não haveria nenhuma
confusão ou coisa real?
4 de junho – 15h56
Pulei o almoço. Apenas tentei me bloquear e ficar sozinho, mas não há nenhuma chance
de ficar sozinho aqui com ELE solto. ELE adora que a qualquer momento ELE pode rastejar
e ir para minha jugular... literalmente. ELE esgueirou-se em cima de mim quando eu estava
tentando ler (e por leitura digo reler a mesma página várias vezes porque não posso me
concentrar) eu estava tentando ler para obter as coisas na minha cabeça e foi então
quando ELE atirou em mim na porra do meu pescoço. Não fui capaz de parar o sangue
jorrando do lado do meu pescoço ainda. Espero que isso pare. É difícil manter a calma
quando isso está acontecendo. É difícil até mesmo escrever nesse diário quando há uma
cachoeira v ermelha saindo de onde minhas cordas vocais costumavam estar.
4 de junho – 17h57
Era quase fácil demais. Lá estava eu, cuidando da minha vida e esfregando as endurecidas
manchas de merda, e então veio a maior mancha de merda de todas – Santos. Não muito
mais tarde, porém, Lone Star entrou e brincou com todos no banheiro, inclusive eu. Ele
entrou com uma quantidade decente de baseados e revistas pornô, mas a pior violação
foi... você adivinhou... o telefone de contrabando de Santos. Então ele foi direto para