4 de junho – 06h20
Eu odeio tudo. Sim, eu sou um maldito yo-yo e eu não acho que eu não vejo isso. Ontem
eu estava me sentindo um décimo melhor, mas hoje estou fodido. Esses ataques surpresos
estão funcionando, apesar da minha pequena vitória ontem à noite. E quem eu quero
enganar? Isso ainda me assusta para caralho. Eu sei que deixei ELE vencer... mas o que eu
posso fazer? Não consigo controlar. Não há nada nem ninguém próximo a mim que eu
possa agarrar para impedir de cair...
Cair...
Cair.........
4 de junho – 09h37
Raiva. É a única saída. Eu senti e encarei Santos durante todo o café da manhã. Deixando
minha raiva fermentar em um plano de ataque. Em um ponto eu acho que ele me viu
olhando e eu tenho bastante certeza de que ele piscou para mim. Pedaço de merda de
autossatisfação. Tudo o que eu pude pensar foi como Carla estava chateada no almoço
ontem. E meus malditos dedos. Aquele maldito perdedor realmente fodeu isso. Ele
destruiu a vida dela e fica sentado comendo biscoitos e recheios como se fosse uma
quarta-feira qualquer. E ELE, bem, não posso feri-LO. Ainda não, de qualquer maneira.
FILHO DA PUTA. Então terá que ser Santos. Ele é o que há de errado com o mundo... e ele
precisa pagar.
ELE apareceu, mas tudo o que ELE tinha a dizer era que Santos não é a resposta. Claro que
ele não é, livrar-se DELE é a resposta. Mas Santos terá que servir até que eu possa
descobrir.
4 de junho – 11h47
Merda. Eu nem sequer... não sei o quê... ok. Estou totalmente fodido em mais maneiras do
que uma. Quando eu estava no banheiro trabalhando, eu estava limpando as toaletes.
Alguém apareceu atrás de mim – sabe quando eu disse que você não pode realmente
saber ou ouvir o que está acontecendo ao redor quando você está dentro de uma dessas
baias – de qualquer forma, eles vieram todos em silêncio, para que eu não pudesse ouvir
nada e eu nem percebi que eles estavam lá. E eles enfiaram a minha cabeça no fundo do
vaso sanitário e deram descarga. Eu não conseguia respirar, estava me afogando. Então foi
assustador para caralho. Eles só ficavam me segurando, nunca deixando eu sair, e eu