Rede em Revista - Teste Edição Novembro 2018 | Page 28

de documentos escritos, e firmados por custos financeiros, que os negócios são feitos. Merece relevo a alocação das línguas nos grandes mercados mundiais, como a União Europeia, o Mercosul, entre outros, e em comunidades parceiras, como a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que tem a mesma língua oficial. Na mira de a CPLP fortalecer mercados profissionais, demos um primeiro passo, na UnB, sob a responsabilidade do departamento que criou o PBSL, ao elaborar o Projeto de Implantação do Português como Segunda Língua – ensino e aprendizagem.

Tendo em vista a orientação do ensino para o desenvolvimento da compreensão e produção linguísticas e interculturais, os estudos contrastivos são os recomendados em qualquer planejamento de ensino de segunda língua, para que docentes cumpram a função educacional, ao distinguir ensino da língua e o ensino na língua; essa distinção se faz quando, no primeiro caso, “o ensino se dá em circunstâncias muito variadas e responde também a interesses diversos; o ensino na língua está assentado no uso de um idioma concreto como veículo para o ensino regular obrigatório.” (LAGARES, 2018, p. 56); nesse contexto diferenciado, o ensino de português L2 a índios, surdos, estrangeiros e falantes de comunidades biculturais, seguem modalidades de língua planejada por profissionais aptos para o ensino do português como segunda língua, ou língua segunda, a falantes de outras línguas das mais diversas comunidades nacionais e internacionais. A meta é atender à crescente demanda de formação de docentes que possam atuar nos mais diversos contextos públicos e privados, tanto no Brasil quanto no exterior.

Nesse processo efervescente de difusão de conhecimentos e de mobilidade acadêmica – docente e discente -, a Universidade de Brasília lança o Plano de Internacionalização da UnB 2018-2022. Cabe destaque à seção Política linguística (p. 27-31), antecipada pela ‘visão’ fundadora da UnB de “Ser referência nacional em ensino, pesquisa e extensão, com inserção local, regional e internacional, inovadora, inclusiva, transparente e democrática, com gestão eficaz e qualidade de vida.” (p. 5)

Referências

FAULSTICH, E. Harmonização entre línguas como mecanismo de política linguística no Brasil. In Língua Portuguesa. Unidade na Diversidade. 1ed. Lublin-Polônia: Editora da Universidade Marie Curie Sklodowska, 2016, v. 1, p. 63-78.

FAULSTICH, E. Pelo fortalecimento da Língua Portuguesa. Participação. Revista do Decanato de Extensão da Universidade de Brasília. Ano 5, nº 9, agosto 2001 – Edição Especial, p. 70-75

LAGARES, Xoán Carlos. Qual política linguística?:desafios glotopolíticos contemporâneos. São Paulo, Parábola, 2018.

PALLOTI, Gabriele. La seconda língua. Milão, Edição Bompiani, 2012.

PLANO DE INTERNACIONALIZAÇÃO da Universidade de Brasília (UnB), Brasília, maio de 2018.

TAVARES DE SOUSA, Socorro Cláudia e Roca, Maria del Pilar (orgs). Políticas linguísticas: declaradas, praticadas e percebidas. João Pessoa, Editora da UFPB, 2015, p. 7-32

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