Rede em Revista - Teste Edição Novembro 2018 | Page 15

mação, as universidades, bem como o mercado editorial, não só preservam essa distância de uma norma a outra como também a alimentam.

Nesse sentido, o Brasil deveria parar de se esconder atrás do velho discurso « tudo isso é porque o ensino do português como língua estrangeira é recente » e finalmente buscar mais informação, oferecer mais formações, valorizar os seus profissionais e estabelecer redes de contatos, sobretudo entre setor privado e acadêmico. Mas essas mudanças não acontecerão se não houver uma real ação e articulação de nós, professores. Falemos com nossos colegas, troquemos experiências e materiais, procuremos as organizações e instituições oficiais, leiamos o que as universidades estão produzindo, mostremos nossas demandas às editoras. Somos nós que estamos nas salas de aula e, por isso também, valorizemos nossas experiências que já acumulamos. Ninguém melhor do que nós para fazer diagnósticos reais do ensino e aprendizagem do português nos nossos países de acolhimento e para saber do que precisamos para fazer um bom trabalho.

Alunos do Leitorado Brasileiro em Paris

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