Plano estratégico 2016-2018 | Page 7

constituição das equipas de trabalho, no orçamento, na configuração dos espaços e dos equipamentos dos centros sociais que a Caritas tem dispersos por toda a diocese. No período 2013-2015, a alteração das metodologias internas ao nível da Gestão de Recursos Humanos, da Gestão Financeira, das Compras e Logística e da Comunicação, orientadas por boas práticas; os sucessivos (re)ajustes em procedimentos internos, função da avaliação periódica dos resultados e suportados também na implementação de sistemas de informação que facilitaram a gestão e a análise de indicadores diversificados, favoreceu a gestão integrada e mais eficiente dos recursos. A criação de novos contextos laborais que estimulassem o desenvolvimento profissional e evitassem a “cristalização” dos processos de trabalho, foi igualmente uma opção estratégica da Instituição importante para preparar o futuro e que terá continuidade no próximo triénio. De acordo com o percurso histórico da Cáritas e com base em vários estudos efetuados, pode afirmar- se que as respostas sociais da Instituição estão bem implementadas nas comunidades e são frequentemente associadas aos adjetivos “confiança”, “credibilidade” e “qualidade”. Porém, esta perceção pública depende de múltiplos fatores, razão pela qual continuará a ser uma prioridade estratégica garantir a coerência da identidade “Cáritas” e uma melhor informação sobre os serviços e os apoios prestados para os diversos interlocutores. No triénio anterior iniciou-se um estudo de modelos de avaliação que se ajustassem às especificidades do 3º Setor e à diversidade das respostas sociais da Cáritas de Coimbra, por forma a obter feedback dos vários interlocutores sobre a intervenção nas diversas áreas. Estes “ecos” são importantes para servir de referencial na sinalização das necessidades de reajustamento da intervenção, mas também para aferir a necessidade de comunicar melhor as opções estratégicas e as ações desenvolvidas. Ao nível das respostas sociais, a aposta centrou-se na motivação das equipas com o intuito de repensar as estratégias de intervenção, quer numa ótica de inovação, quer na perspetiva da adequação dos serviços existentes, da rentabilização dos meios disponíveis e dignificação da “pessoa”. Este trabalho será essencial na implementação das estratégias no próximo triénio cujas ações, nalguns casos, serão alicerçadas numa abordagem de “experimentação- transformação social” orientada para a inovação nas respostas como solução aos desafios emergentes da sociedade. Porque os dramas sociais e as necessidades das comunidades se agudizaram nos últimos anos, no próximo triénio as áreas de intervenção de referência da Cáritas de Coimbra manter-se-ão centradas nos domínios da educação, saúde, ação social e comunitária e inclusão de pessoas em situação de desvantagem. Os idosos têm vindo a merecer uma particular atenção, quer no que concerne ao desenvolvimento de serviços inovadores, quer ao aumento da capacidade de resposta, quer à melhoria de espaços e formação dos colaboradores de modo a responder às caraterísticas e necessidades desta população. Por último, salienta-se que no ano de 2016 se assinalam os 25 anos de trabalho da Cáritas de Coimbra na área da Luta Contra a Pobreza, facto que dará o “mote” a uma avaliação mais aprofundada desta área de trabalho. Para a Instituição a “pobreza” não deverá ser entendida apenas de forma literal, isto é no sentido do combate à pobreza económica ou a falta de recursos, mas essencialmente numa perspetiva de transcendência humana que abarque outras vertentes da realização, tais como a cultura, a educação e afetividade. Assim, realizar-se-ão algumas ações que, para além de celebrar a efeméride e o trabalho feito, irão concorrer para a promoção e dignificação da “Pessoa” e para efetivação do “Bem-comum” na sociedade. 7