Pathos: revista brasileira de práticas públicas e psicopatologia 8º Volume | Page 48

PATHOS / V. 08, n.01, 2019 47

Σ

Saúde

Encontro

Equidade

Disponibilidade

Proteção

Cultura de paz

Luta

coletivo

Justiça

Empatia

Em contraposição a essa ideia, Catherine Walsh (2009), uma das principais teóricas da pedagogia decolonial, entende prática decolonial como:

prácticas que abren caminos y condiciones radicalmente “otros” de pensamiento, re- e in-surgimiento, levantamiento y edificación, prácticas entendidas pedagógicamente —prácticas como pedagogías— que a la vez, hacen cuestionar y desafiar la razón única de la modernidad occidental y el poder colonial aún presente, desenganchándose de ella4 ( 2009, p.20).

Em face desses pontos externados, manifestamos que este texto apresenta questões relacionadas a educação como um todo, pensando na formação de maneira mais ampla, uma vez que algumas práticas educacionais podem ser vinculadas às práticas e conhecimentos da própria população e não somente ao que é aprendido nos bancos universitários, ou seja, de um conhecimento apartado das demandas da sociedade.

Dessarte, considera-se como problema do presente artigo a seguinte discussão: esse tipo de educação “ocidentalizada”, serve mais aos interesses da Colonialidade, até mesmo porque são forjados a partir de órgãos e países centrais do capitalismo, como ONU, UNESCO, Banco Mundial, ao invés de servirem como emancipação intelectual e econômica do sujeito?

A exploração da literatura pertinente nos ofereceu um entendimento de como se organiza a educação na sociedade, quais os objetivos (re)velados dessa educação, que conduzem ao bom entendimento universal sobre a escolarização da sociedade, ou seja, como a educação se tornou, em todo o mundo, um bem em si mesmo; e quais os objetivos velados, aqueles que porventura auxiliam mais a adequação em conformidade com a colonialidade do que se preocupa com a emancipação dos povos. A exposição dessas ideias será realizada em dois momentos: (1º) discussão mais geral da educação e (2º) reflexão acerca da Decolonialidade e o diálogo dos saberes na Universidade.