Pathos: revista brasileira de práticas públicas e psicopatologia 7º Volume | Page 7

Este volume da Pathos traz em seu bojo dois relatos de práticas e um artigo que discutem a socioeducação a partir de distintos lugares de atuação e apresentam pontos críticos que tangenciam a execução dessa política pública. Em tempos em que a discussão acerca da possibilidade de redução da maioridade penal ganha corpo na mídia e no cenário político nacional, tal como a Proposta de Emenda à Constituição nº 33/2012, de autoria do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB/SP) e Aécio Neves (PSDB/MG), entre outros, que defende o encarceramento de adolescentes como “solução final” para os problemas relacionados ao fenômeno da violência urbana, mostra-se pertinente a discussão e problematização desse campo.

Infelizmente, pesquisas e produções teóricas referentes à socioeducação são escassas diante da robustez que essa área da política pública demanda o que, de algum modo, pode abrir ensejo para que ela seja subjugada por discursos moralistas, higienistas e excludentes. Mas nem tudo são trevas. Atualmente, a Escola Nacional de Socioeducação, em parceria com a Universidade de Brasília, supervisionam cerca de 500 pesquisas que estão em desenvolvimento em diversos campos da socioeducação no país. Trata-se de um momento histórico da produção de conhecimentos que resultará em estudos que poderão subsidiar futuras ações de aprimoramento da socioeducação e do desenvolvimento de uma práxis cada vez mais ancorada na garantia dos direitos humanos.

Ao término deste volume, trazemos ainda dois artigos que discutem o brincar infantil como parte do processo de constituição do sujeito.

Desejemos uma boa leitura a todos!

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PATHOS / V. 07, n.04, 2018 06