Pathos: revista brasileira de práticas públicas e psicopatologia 5º Volume | Page 57

PATHOS / V. 05, n.03, 2017 56

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A análise baseou-se na pesquisa de Marques, Sousa, Vizzotto & Bonfim (2015), onde os autores transcreveram as entrevistas, reconheceram unidades de significação simples, palavras, e frequência em que apareciam, buscando avaliar o significado das palavras de maneira independente ao contexto, palavras que transmitissem uma mensagem. Assim, os dados obtidos foram organizados e analisados mediante a categorização das informações colhidas, sendo analisadas as observações com auxílio do diário de campo.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram acompanhados quatro palhaços que se revezavam no atendimento da instituição hospitalar observada, sendo apenas um fixo (nesse estudo esses participantes serão nomeados como A1, A2, A3 e A4 de modo a preservar suas identidades).

A partir das observações foram encontradas duas categorias temáticas para melhor discussão da atuação do palhaço, sendo possível reconhecer diferentes unidades de significado para cada categoria temática (conforme Quadro 1).

Atendimento com o Humor/Chiste

Freud ([1905] 1996) em seu texto “Os chistes e sua relação com o inconsciente” discorre sobre as situações onde o chiste se dá diferenciando-o do cômico. Para o autor, no cômico existe a hipótese do indivíduo rir por si e de si, sem a necessidade de outra pessoa, enquanto o chiste, por excelência prescinde de outro participante. O prazer do chiste é, portanto, sempre voltado ao outro, assim há um talento que vai além da inteligência em si, quanto à capacidade de se produzir um chiste que cause riso ao outro.

(...) sendo dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura,