Ainda com relação à pesquisa de Araújo e Marcon (2012), sobre a adesão ao tratamento de adolescentes considerados dependentes químicos em CAPS AD em Cuiabá (MT), estes afirmam que:
(...) no grupo de adolescentes que permaneceram no serviço, a família teve participação frequente no tratamento, enquanto, no grupo que não permaneceu, a família participou de forma pontual. A participação da família no processo de tratamento é fundamental na adesão de adolescentes usuários de drogas ao tratamento. (p.232)
Para Marques (2011) citado por Silva (2011), levantamentos nacionais mostram um aumento do consumo de drogas psicoativas e uma iniciação cada vez mais precoce, fatos que impactam cada vez mais profundamente a sociedade em que vivemos e na saúde pública do país. Com relação ao tratamento são raros os casos em que o próprio jovem procura ajuda. E quando isso ocorre, será que o jovem consegue ser visto em sua singularidade e em sua demanda específica, ou seja, em sua fase peculiar de desenvolvimento?
Segundo Marques (2011) citado por Silva (2011), afirma que:
Os tratamentos oferecidos, por sua vez, ainda utilizam as técnicas aplicadas aos adultos, o que acaba por contribuir para que a motivação seja ainda menor. As condições pré-tratamento devem ser avaliadas, pois determinam a adesão e a efetividade da intervenção. (p. 31)
(...) referiram oito razões para a saída do tratamento de uma forma geral. Dessas oito, quatro estão ligadas às características pessoais (falta de força de vontade, tentar resolver sozinho, não querer o tratamento, a necessidade de usar a droga) e as demais por fatores externos (falta de ajuda, influência dos amigos, característica do atendimento e dificuldades financeiras) (p.224)
PATHOS / V. 04, n.02, 2016 41
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