Optimismus Optimismus Magazine Julho 2015 | Page 9

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Há ainda outras pessoas que não despertam

o meu lado mais afectivo ou emocional, mas cujos percursos de vida,

as situações do quotidiano ou a forma como vivem o dia-a-dia me levam a admirá-las e,

numa (vã) tentativa de me colocar no lugar delas, crio relações empáticas.

Sublinho o termo (vã) entre parêntesis pois,

por mais que tentemos colocarmo-nos na situação de outra pessoa,

a nossa educação, as nossas vivências e as nossas ambições

vão toldar-nos a visão.

Solidarizo-me com a dor, a tristeza e a injustiças dos outros…e, ao fazê-lo,

crio empatia com todos aqueles

que vivem de perto (de dentro) estas realidades.

Que nunca me falte o respeito – por mim e pelos outros;

que saiba perceber as diferenças

de cada um de nós – são as que nos unem e nos definem;

que sinta borboletas no estômago quando uma alma boa se cruze comigo;

que nunca perca a esperança e que os meus sonhos

(por mais bizarros que possam parecer)

sejam tocha no meu percurso.

Há uma felicidade inexplicável quando percebemos

que não estamos sós nas nossas “loucuras” e que,

por mais imperceptível que pareça,

a quem compreenda as nossas opções com um simples olhar,

quem nos entenda sem serem necessárias grandes explicações e quem nos apoia sem nos exigir planos de recurso ou contrapartidas.

Um brinde, aos empáticos, que não se fecham em mundos cinzentos e nos fazem acreditar num mundo melhor!

Eu acredito!

Rosa Margarida