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Fotografia de Maria Santos
Sou afectos
Longe (muito longe) de qualquer compreensão científica do conceito de
“Empatia” – falta-me o estudo, a análise, a psicologia (…)
e a dedicação revertida em horas de leituras
e comparação de processos e métodos científicos
para compreender e abarcar
todas as realidades e situações que a “empatia” gera (ou pode gerar).
Não me atrevo sequer a escrever sobre isso nessa perspectiva.
Sou leiga!
No meu (modesto) ponto de vista a empatia
espelha-se no conforto e na naturalidade
que certas pessoas nos aportam bem como
a capacidade de nos colocarmos
no lugar do outro e ser solidários com a sua vivência.
Há pessoas com quem tenho afinidade à primeira vista,
que me transmitem serenidade e uma energia tão positiva
que a estranheza dos primeiros contactos transforma-se,
em segundos,
numa familiaridade tranquila.
Uma inexplicável ligação de carinho imensurável,
construída “ali” num piscar de olhos.
Talvez haja explicação científica para essa ligação (talvez):
entendo-a, apenas, como um presente (raro)
que nos recorda que nunca estamos sós
e que há pessoas que dão novo alento
ao nosso mundo e um novo significado à palavra “humano”.