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A metodologia das Constelações Sistémicas
descrita anteriormente,
pode ser considerada como uma forma de empatia aumentada:
neste caso,
a visualização da dinâmica oculta do sistema familiar
é integrada pelas informações sentidas
e verbalizadas pelos representantes.
As pessoas são convidadas a “calçar as sandálias”
dos familiares de alguém e, durante o processo,
sentem e reagem aos outros
personagens trazendo luz para o cliente.
Associados a vários tipos de comportamento humano,
os neurónios espelho são apontados
como responsáveis pelo processo.
Outros acusam um hipotético campo de informação
que seria responsável pelo registo da memória colectiva
da nossa espécie.
Independente da verdade destas hipóteses,
sentir empatia por alguém é uma capacidade
que funciona baseada fortemente na conexão emocional.
Seja num workshop de Constelações Sistémicas
ou durante o nosso cotidiano,
a empatia é a porta de entrada principal para se
alcançar a compaixão – uma das maiores virtudes humanas.
Ao atravessar esta porta, descobrimos coisas nossas no outro - uma descoberta que confirma aquilo que somos em essência.
Luís Dias