OpenMind Feb 2015 | Page 43

ARTE mi ni ma lis mo FONTE: HYPENESS | IMAGEM: MISO ARTISTA FAZ TATUAGENS MINIMALISTAS EM AMIGOS EM TROCA DO QUE ELES PUDEREM OFERECER As crises que o capitalismo tem espalhado pelo mundo oferecem, pelo menos, uma vantagem: cada vez mais, as pessoas procuram alternativas, formas de se recompensarem e vidas mais simples, onde o dinheiro conta menos e as ações contam mais. A história da artista Stanislava Pinchuk é um exemplo disso. Conhecida como Miso, a ucraniana cria tattoos simples e minimalistas para amigos e amigos de amigos, com as quais brinca com os conceitos de “memória, espaço e geografia”. Até aqui, tudo normal. O método de pagamento é que faz a diferença. Pinchuk não aceita dinheiro e prefere o sistema de trocas, em que ela oferece a tatuagem esperando que a pessoa ofereça aquilo que achar justo. Podem ser várias coisas, “como ensinar-me uma técnica, cozinhar um jantar pra mim, me oferecer um livro que eu adoraria, me assistir num trabalho, uma garrafa de whisky. Nunca se sabe, mas todo mundo se sente bem com isso, o que me agrada. Cada vez mais, eu sinto que isso está se tornando uma parte importante do meu trabalho”. Os trabalhos de Pinchuk, além de belos, mostram o lado pessoal que a artista coloca em cada um, onde a delicadeza é palavra-chave. Além da arte na pele, Miso é conhecida pelos seus grafites e pelo trabalho em papel. Dá uma olhada nas obras que ela tem trocado por aquilo que as pessoas queiram oferecer: 43