O reencontro da esquerda democrática e a nova política | Page 132

República, o nome oficial do país passou a ser Estados Unidos do Brasil, mudado em 1967 para o atual República Federativa do Brasil. A chamada República Velha, de 1889 a 1930, foi um período autoritário, dominado pelas oligarquias regionais e liderado pelos partidos republicanos de São Paulo e Minas Gerais. A crise econômica mundial de 1929 acelerou o fim daquele arranjo político e a Revolução de 1930 iniciou a modernização do país, no período autoritário conhecido como a Era Vargas. Com a vigência das liberdades democráticas, em 1945, foi eleito o presidente Eurico Gaspar Dutra, que governou com relativa tranquilidade institucional, pois a coligação que o elegeu, formada pelo PSD e PTB, conseguiu maioria no Congresso Nacional. Na metade do mandato, Dutra trocou o PTB pela UDN, o que levou os trabalhistas e seu líder maior, Getúlio Vargas, ao rompimento com o governo. Entre 1947 e 1948, o PCB é posto na ilegalidade, cassados os mandatos executivos e parlamentares de todos os eleitos sob sua legenda, nos pleitos de 1945 e 1946, e passa a ser perseguido pelo governo Dutra, sendo compelido à clandestinidade e a adotar uma política estreita. O suicídio que abalou o país Vargas foi eleito presidente da República, em 1950, pelo PTB, então terceira força política no Congresso, em aliança com o pequeno PSP, do governador de São Paulo, Adhemar de Barros. Além daqueles dois partidos, formou um ministério também com o PSD e com dissidentes da UDN. A crise política do seu governo teve como epicentro o Exército, no contexto da Guerra Fria. Vargas recusou o pedido dos Estados Unidos de envio de tropas brasileiras para a Guerra da Coreia, contrariando setor do Exército favorável à participação e ao alinhamento com os norte-americanos. 130 O reencontro da Esquerda Democrática e a Nova Política