O reencontro da esquerda democrática e a nova política | Page 121

Desse modo, líderes da esquerda democrática acreditam que a tarefa que se impõe às forças progressistas hoje é romper a polarização PT x PSDB, mudar o atual quadro de alianças e construir um novo bloco democrático capaz de estabelecer um novo pacto politico e social que desbloqueie o caminho de reformas que, há meio século, parte dos brasileiros por elas lutam e a maioria espera para que o país tenha um rumo seguro. As tentativas de romper a polarização PT x PSDB Na eleição presidencial de 1994, houve uma divisão dos partidos que apoiavam o governo de Itamar Franco. O PSDB se compôs com o PFL e lançou Fernando Henrique Cardoso à Presidência da República, vencedor no primeiro turno. PPS e PSB, que participaram dessa interessante experiência de ampla composição de centro-esquerda do governo Itamar e sem força política suficiente para lançar candidatura própria, decidiram apoiar o candidato Lula, do PT. Já o PDT, por sua vez, lançou o nome do seu presidente, o então governador do Rio de Janeiro, Leonel Brizola. Nas eleições presidenciais seguintes, houve diversas tentativas do PPS, PSB, PDT, PV e Psol no sentido de apresentar uma alternativa à polarização PT x PSDB. A eleição presidencial de 1998 Um fato novo na vida política brasileira, em 1997, foi o processo de aproximação entre o então senador Roberto Freire e o ex-ministro da Fazenda do governo Itamar, Ciro Gomes. Além de artigo na Folha de S. Paulo sobre o que havia de novidade em movimentação política no continente e no Brasil, o presidente do PPS iniciou contactos pessoais com o ex-governador do Ceará. Ao analisarem o quadro partidário da época, constataram que talvez o Partido Socialista Brasileiro pudesse ser, junto com o PPS, um dos O papel da aliança PSB/Rede-PPS 119