O queijo de coalho em Pernambuco: histórias e memórias | Page 103
COMPROVAÇÃO DE REPUTAÇÃO DO QUEIJO DE COALHO DO AGRESTE DE PERNAMBUCO
Nome:
José Andrade Irmão – ( Zezinho Bento) 94
Maria do Carmo Teixeira Andrade
Cachoeirinha - PE
Foto: Sonia Carvalho
Sr. Zezinho: “Queijo de coalho é tradição da família, desde os pais .Vender
leite como coisa descartável,derivado
perde todo. Só vender leite não dá para
manter o rebanho.
Bota na forma e encarca (sic) com a
mão. Usava o coalho de boi ,se lavar não
coalha, tira a vitamina. Botava sal para
secar, colocava e botava um pedaço no
soro. Hoje é coalina.
Bebia os leites crus que é mais gostoso, já é contaminado no peito da vaca
se não tiver higiene. Os tipos de forma é
mesmo que usa hoje ,inox é mais higiênica mas a coalhada fica mole, com tábuas fica sequinha , a tábua fica sequinha a
tábua absorve a água do leite. A madeira
branca é mais apropriada, outra madeira deixa mancha. Forma redonda no
início: macambira, gravatá. No tempo
dos pais fazia com leite de cabra ,ovelha,
mais gostoso mais saudável. Os criadores de cabra têm rendimento maior e
custa menos.”
COMENTÁRIO
A utilização das formas de inox trazem o benefício de uma melhor higienização no fabrico do queijo. Porém aliado
a isso há um diferencial na textura da
coalhada que ao ver do produtor, não é
ideal. Daí a preferência da permanência com forma de madeira específica e
de cor clara preferencialmente, evitando assim também o aparecimento de
manchas no produto final. Ressalta a
qualidade dos leites de caprinos e ovinos quanto serem mais salutares e saborosos. Gerando também menos custo
e maior rentabilidade. O cuidado no
consumo dos leites crus , ressaltando a
atenção para com a higiene do gado por
ocasião da ordenha.
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