inúmeras demandas por condições efetivas de saúde , saneamento e educação . Na verdade , os problemas se avolumavam . Na carta de Flavio Andrade , de quem eu seria consultora posteriormente , quando ele assumiu a Secretaria de Educação , pode-se ler :
“ Vivia-se , naquele momento , um grande embate interno no Iphan . De um lado , a turma da pedra-e-cal , capitaneados pelos vice-reis da instituição ( Augusto da Silva Teles , à frente ) que defendiam a preservação do patrimônio na base do congelamento e das tecnicalidades . Do lado oposto , os seguidores de Aloísio Magalhães , que incomodava muita gente ao propor uma lógica diferente . “ O patrimônio é da comunidade . Isso era um soco no estômago dos tradicionalistas da instituição . E onde estava montado o ringue principal desta luta ? Na Casa da Baronesa . Ali , dizia-se , era o laboratório de Aloísio Magalhães , onde ele punha a sua teoria em prática . Esse embate colocava em lados opostos duas linhas de trabalho , como se as duas posições fossem excludentes ”. E prossegue Flávio : “ Vereadores reclamavam que a ‘ turma da Baronesa ’ estava fazendo muitas reuniões e mobilizando a comunidade para exigir direitos . De uma hora pra outra , a UFOP denunciou o convênio , extinguindo a Assessoria Cultural e implantando o IAC , órgão que já era previsto no estatuto da Ufop .
Um certo toque localista se apossou desse grupo na medida em que propunham que se exaltassem as paisagens locais , as cachoeiras e os quilombos , como o de Lavras Novas , como também os raizeiros de distritos distantes .
A sensibilidade ou o olhar diferenciado que Flávio possuía se identificava muito com sua visão ambientalista dos problemas sociais e urbanos de Ouro Preto . De certa forma , isso representava então uma novidade . Sua concepção de mundo era pautada pela busca do necessário encontro entre as questões ligadas ao saneamento básico , por exemplo , e os rumos do desenvolvimento da cidade , tendo sempre por eixo a pessoa humana e a solução dos seus problemas mais prementes .
Afinal , a cidade – qualquer uma , aliás – existe para atender as necessidades da comunidade de homens e mulheres . Toda essa movimentação era como que viabilizada pelos novos ventos da abertura política , colocando as demandas populares novamente na ordem do dia na saída da longa noite do processo ditatorial .
A valorização da história local , da própria memória , tornavase , assim , uma realidade . E eu nem preciso dizer o quanto isso é
200 Cleia Schiavo Weyrauch
inúmeras demandas por condições efetivas de saúde, saneamento
e educação. Na verdade, os problemas se avolumavam. Na carta
de Flavio Andrade, de quem eu seria consultora posteriormente,
quando ele assumiu a Secretaria de Educação, pode-se ler:
“Vivia-se, naquele momento, um grande embate interno no
Iphan. De um lado, a turma da pedra-e-cal, capitaneados pelos
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