NHO, 2011, p. 11). Para tanto, retrocede às reflexões de Rousseau
acerca da formação do contrato a partir da ideia de vontade geral,
no intuito de perceber como Hegel, Marx e Gramsci constroem
novas apropriações em torno dessa ideia.
Nesse sentido, Coutinho estabelece uma linha genética entre
tais autores no intuito de perceber como suas obras se encontram
transpassadas por uma determinada noção de práxis, balizada
pela causalidade e a teleologia. Nesse processo de efetuação de
uma dada leitura acerca da sociedade e de sua mudança, emerge
a questão do sujeito fundamental da transformação social. Para
Coutinho, a debilidade de Rousseau e Hegel reside exatamente em
seus dimensionamentos acerca dos sujeitos. Nesses termos, o
avanço proposto por Marx, e aprofundado por Gramsci, diz
respeito à figuração da classe operária enquanto sujeito universal
da produção desse consenso.
Em Gramsci, o tema adquire um significado político mais
denso, uma vez qu