O imprevisível 2018 PD49 | Page 11

Editorial O ano de 2018 se aproxima, sendo imensas as dúvidas e preocupações em torno do que enfrentaremos em mais um delicado e complexo pleito de escolha de um novo presi- dente da República e de um Congresso Nacional (dois terços do Senado e o conjunto da Câmara Federal), base imprescindível e decisiva para podermos ultrapassar um dos momentos mais difí- ceis em que o país foi colocado, decorrente sobretudo dos 13 anos dos desgovernos lulopetistas. É que o Brasil vive hoje um gigantesco conjunto de crises, sob qualquer ângulo que se o examine. A economia está vivendo uma das suas situações mais sérias e profundas, com uma dívida finan- ceira interna e externa assustadora e um conjunto de problemas que estão sendo enfrentados com extrema dificuldade. A desigual- dade social não se revela só nos dados estatísticos, mas no coti- diano das cidades, encharcadas de gente pedindo esmola, dormindo nas ruas e praças, e, no extremo desespero, indo para o consumo e venda de drogas e até para a violência de roubar e agredir pessoas para tentar sobreviver. As áreas de educação, saúde, segurança, estão simplesmente descendo a ladeira, sejam vistas no tocante à quantidade e, sobretudo, na qualidade com que são servidas à população. No ângulo da atividade política e do comando dos pode- res públicos, nunca antes se viu tão grande e descarado patrimo- nialismo vinculado a um desregrado esquema de corrupção. Ante este quadro tão desesperador, há necessidade de se encon- trar, pela única via desejável e necessária, a da democracia, um caminho novo, diferente, a ser dirigido por forças políticas e sociais que, com o braço estendido da fraternidade, e sobretudo com serie- dade, queira tirar o país do atoleiro em que foi colocado. Não se trata apenas de retomarmos o caminho de volta do cres- cimento econômico, de deixarmos de ser mais que tudo um produ- tor e exportador de commodities, mas precisamos nos inserir no século 21 dominado hoje pelos avanços da ciência e da tecnologia. 9