Editorial
O
ano de 2018 se aproxima, sendo imensas as dúvidas e
preocupações em torno do que enfrentaremos em mais um
delicado e complexo pleito de escolha de um novo presi-
dente da República e de um Congresso Nacional (dois terços do
Senado e o conjunto da Câmara Federal), base imprescindível e
decisiva para podermos ultrapassar um dos momentos mais difí-
ceis em que o país foi colocado, decorrente sobretudo dos 13 anos
dos desgovernos lulopetistas.
É que o Brasil vive hoje um gigantesco conjunto de crises, sob
qualquer ângulo que se o examine. A economia está vivendo uma
das suas situações mais sérias e profundas, com uma dívida finan-
ceira interna e externa assustadora e um conjunto de problemas
que estão sendo enfrentados com extrema dificuldade. A desigual-
dade social não se revela só nos dados estatísticos, mas no coti-
diano das cidades, encharcadas de gente pedindo esmola, dormindo
nas ruas e praças, e, no extremo desespero, indo para o consumo
e venda de drogas e até para a violência de roubar e agredir pessoas
para tentar sobreviver. As áreas de educação, saúde, segurança,
estão simplesmente descendo a ladeira, sejam vistas no tocante à
quantidade e, sobretudo, na qualidade com que são servidas à
população. No ângulo da atividade política e do comando dos pode-
res públicos, nunca antes se viu tão grande e descarado patrimo-
nialismo vinculado a um desregrado esquema de corrupção.
Ante este quadro tão desesperador, há necessidade de se encon-
trar, pela única via desejável e necessária, a da democracia, um
caminho novo, diferente, a ser dirigido por forças políticas e sociais
que, com o braço estendido da fraternidade, e sobretudo com serie-
dade, queira tirar o país do atoleiro em que foi colocado.
Não se trata apenas de retomarmos o caminho de volta do cres-
cimento econômico, de deixarmos de ser mais que tudo um produ-
tor e exportador de commodities, mas precisamos nos inserir no
século 21 dominado hoje pelos avanços da ciência e da tecnologia.
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