O Golpe – Brics, Dólar e Petróleo Euclides_Mance_O_Golpe_Brics_Dolar_e_Petroleo | Page 61

1. Brasil e BRICS
Enquanto os 20% mais pobres nos Estados Unidos, ficam
com 3,1% da renda monetária, os 20% mais ricos ficam com
51,5%. Enquanto 50% da população ficam com 18,5% da renda
monetária total, os 5% mais ricos ficam com 22,5%. Essa con-
centração de renda e exclusão econômica de grandes parcelas
da sociedade é um grave problema para a economia dos Estados
Unidos, que tem por consequência altos índices de endividamen-
to da maioria da população.
Sem a introdução de alguma política de distribuição de ren-
da, por geração de postos de trabalho, por elevação de salários
ou transferência direta de renda, a classe media americana tende
a encolher cada vez mais frente ao crescimento da classe media
mundial, puxada pela distribuição de renda nos BRICS. Pois
embora o golpe de Estado no Brasil avance reconcentrado nova-
mente a renda nãos mãos da elite mais abastada, por outra parte
na China e Índia a classe média continua a crescer rapidamente,
ampliando o mercado consumidor dos BRICS, o que fortalece o
processo de crescimento econômico dos países que compõem o
bloco.
Pessoas em Pobreza Absoluta nos EUA
Num artigo intitulado “The U.S. Can No Longer Hide From
Its Deep Poverty Problem” [Os EUA não podem mais se esconder
de seu problema de pobreza extrema], Angus Deaton destaca que
mais de 5 milhões de norte-americanos vivem em pobreza abso-
luta, na condição de indigência:
Segundo o Banco Mundial, 769 milhões de pessoas viviam com me-
nos de US$ 1,90 por dia em 2013; eles são os mais pobres do mundo.
Destes, 3,2 milhões vivem nos Estados Unidos e 3,3 milhões em ou-
tros países de renda alta (a maioria na Itália, Japão e Espanha). [...]
O economista de Oxford Robert Allen recentemente estimou linhas
de pobreza absoluta sobre necessidades básicas para países ricos que
são projetadas para corresponder com mais precisão a linha de US$
1,90 para países pobres, e US$ 4 por dia está próximo à média de suas
estimativas. Quando nós comparamos a pobreza absoluta nos Esta-
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