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1. Brasil e BRICS
Filipe Celeti (2014) afirma que:
foi apenas em 2012 que o movimento estudantil pela liberdade foi con-
solidado no Brasil. Após discussão acerca da ideia no Seminário de
Verão do Ordem Livre em Petrópolis-RJ, o Estudantes Pela Liberdade
(EPL) foi realmente organizado como o Students For Liberty global. [72]
Danniel Gobbi, com base nas entrevistas por ele realizadas
com membros do Estudantes Pela Liberdade, destaca que, ao re-
ferir-se ao surgimento da organização,
o grupo desenvolve uma narrativa que relembra a fundação do SFL
nos Estados Unidos: tal como lá, aqui a fundação se deu num se-
minário acadêmico, cuja intencionalidade era apenas discutir ideias
libertárias, e, em ambos os países, o seminário foi financiado pela
mesma rede de organizações. (GOBBI, 2016, p.68) [73]
Conforme Gobbi, no debate aberto sobre o verbete “Estu-
dantes pela Liberdade” na Wikipedia, um usuário apelava por
fontes independentes para referenciá-lo, porque o conteúdo es-
tava sendo escrito por membros da própria Ong, remetendo a
textos disponibilizados no domínio dela mesma. Então
Carlos André Góes, um dos fundadores do EPL responde: “Você está
enganado. Esse artigo é sobre o Students For Liberty – uma organi-
zação americana.”(GOBBI, 2016, p.64-65). [74]
Por fim, a Wikipedia em português eliminou o verbete “Es-
tudantes Pela Liberdade” e manteve apenas “Students For Liberty”.
De fato, conforme o Students For Liberty – Annual Report
2014-2015, o “Estudantes Pela Liberdade (Brazil)” possuía dois
assentos na Diretoria Executiva Internacional da entidade e no
staff da organização havia três brasileiros, sendo um deles Julia-
no Torres, qualificado como Brazilian Programs Director (STU-
DENTS FOR LIBERTY, 2015, p.10) [75].
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