O Golpe – Brics, Dólar e Petróleo Euclides_Mance_O_Golpe_Brics_Dolar_e_Petroleo | Page 50
1. Brasil e BRICS
A investigação, entretanto, não chegou a identificar os res-
ponsáveis pelo furto das informações.
Reação Inicial Norte-Americana à Descoberta do Pré-Sal e à
Regulação da sua Exploração
No dia 08/01/2008, o embaixador dos Estados Unidos no
Brasil, Clifford Sobel, em mesa-redonda realizada no Rio de Ja-
neiro com dirigentes das companhias petrolíferas norte-ameri-
canas Chevron, Exxon Mobil, Devon Energy, Anadarko e Hess
Corporation, ofereceu a atuação da Embaixada para agir como
representante dessas empresas em negociações com autoridades
brasileiras visando reverter o marco regulatório do pré-sal pro-
posto pelo governo e que estava em debate [60].
A mensagem enviada à Secretaria de Estado, detalha que:
Os CEOs da Chevron, Exxon Mobil, Devon Energy, Anadarko e
Hess Corporation informaram ao embaixador Sobel sobre o clima
de investimento para os players estrangeiros no Brasil, perspectivas
de futuras descobertas de petróleo e compartilharam seus pontos
de vista sobre os regimes regulatórios e fiscais do petróleo e do gás.
Os participantes acreditavam que o clima geral de investimento era
positivo para as empresas americanas, mas os obstáculos incluíam
a instabilidade nos leilões de petróleo e nos regimes tributário e de
licenciamento. O embaixador ofereceu-se para advogar em nome
dos participantes junto a representantes do governo e da Agência
Nacional do Petróleo (ANP). As empresas receberam bem essa ideia
e sugeriram enfatizar a necessidade de estabilidade para incenti-
var o investimento. O embaixador também propôs que o Instituto
Brasileiro de Petróleo (IBP) se reúna com relevantes embaixadores
estrangeiros no Brasil para discutir as preocupações gerais. 4 (AM-
CONSUL, 2008) [61]
Na sequência, em 01/07/2008, os EUA reativam, depois de
58 anos, a sua 4ª Frota Naval (do Atlântico Sul) para patrulhar
mares latino-americanos, o que incluía vigiar a área marítima do
pré-sal [62].
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