O Golpe – Brics, Dólar e Petróleo Euclides_Mance_O_Golpe_Brics_Dolar_e_Petroleo | Page 195
2. Alguns Frutos do Golpe para os Estados Unidos, suas Empresas e Organizações
Como se vê, nos últimos dez anos, os Estados Unidos am-
pliaram sua produção e reduziram as importações. Com a sua
apropriação do petróleo brasileiro, diminuirão sua dependência
do Oriente Médio e da Venezuela. E por outra parte, poderão
igualmente ampliar o refino e exportar os derivados, inclusive
para o Brasil.
Participação Norte-Americana
Nos leilões já realizados sob a nova lei, muitos blocos foram
assumidos por empresas estrangeiras, que agora podem expor-
tar o óleo que lhes cabe para as suas matrizes, em seus países
de origem, uma vez que foi alterado o contrato de partilha e a
participação obrigatória da Petrobras em todos os blocos, o que
assegurava ao Brasil a propriedade de uma grande parte desse
petróleo, que o país poderia consumir internamente ou exportar
em qualquer moeda.
Entre essas empresas estrangeiras estão as norte-america-
nas Exxon-Mobil e Chevrom.
Em maio de 2016, Pedro Parente – ex-ministro da casa civil
no governo de Fernando Henrique Cardoso e ex-vice-presidente
executivo da RBS, afiliada da Rede Globo – foi escolhido por Te-
mer para presidir a Petrobras. Ele iniciou a venda de ativos da
companhia e a entrega da camada pré-sal para o capital estran-
geiro, começando pelas áreas de Carcará, Iara e Lapa.
Referindo-se aos leilões de outubro de 2017, um jornalista
da CNBC, afirmou:
Grandes companhias petrolíferas como a Exxon Mobil, a BP, a Royal
Dutch Shell, a Total e a Statoil têm abocanhado blocos no Oceano
Atlântico ao largo da costa do Brasil que contém petróleo a milhares
de pés abaixo da camada de sal. Seis blocos do chamado pré-sal ar-
recadaram cerca de US$ 1,8 bilhão para o governo brasileiro no mês
passado, embora dois blocos não tenham sido vendidos, deixando o
país com um resultado mais fraco do que o esperado. 85 (DICHRIS-
TOPHER, 2017) [384]
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