O Golpe – Brics, Dólar e Petróleo Euclides_Mance_O_Golpe_Brics_Dolar_e_Petroleo | Page 193

2. Alguns Frutos do Golpe para os Estados Unidos, suas Empresas e Organizações dantes e limpas – como as energias solar e eólica, convertidas em energia elétrica no interior dos próprios países – ou por com- bustíveis de fontes renováveis que, mesmo sendo comercializa- dos internacionalmente, não seriam negociados em dólar, mas mediados por outros signos de valor. Assim, se o conjunto dos países avançasse decididamente na mudança global da matriz energética – reduzindo o volume de importação de petróleo – e diversificasse progressivamente as suas reservas cambiais, os Estados Unidos se veriam forçados a abandonar essa estratégia de sustentar a sua economia às cus- tas de um endividamento fundado em sua capacidade de emitir dólares ou de forçar oscilações do preço do petróleo com a sua política monetária de alcance global. Mas, se a classe trabalhadora e as organizações solidárias no mundo quisessem assumir o controle autogestionado da eco- nomia de seus territórios, teriam de iniciar a organização de cir- cuitos econômicos solidários [382], conectados entre si em nível local e global, integrando fluxos econômicos monetários e não- -monetários. Atuando em sistemas de rede, esse circuitos seriam capazes de, progressivamente, libertar as forças produtivas de seus países da subordinação aos fluxos do capital financeiro, li- berar o intercâmbio dos meios econômicos de sua subordinação à escassez do dinheiro e de promover a libertação socioeconômi- ca de comunidades humanas, com a prática da autogestão eco- nômica e da colaboração solidária entre elas, na construção de um modo de produção, de um sistema de intercambio e de uma formação social, plenamente democráticos e solidários. 2.3. Apropriação de Reservas do Pré-Sal, de Tecnologias da Petrobras e de Recursos que iriam para o Fundo Social A modificação da Lei do Pré-Sal, alterando o regime de par- t ilha, possibilitou a empresas norte-americanas explorarem as re- 192 de 382