O Golpe – Brics, Dólar e Petróleo Euclides_Mance_O_Golpe_Brics_Dolar_e_Petroleo | Page 166
2. Alguns Frutos do Golpe para os Estados Unidos, suas Empresas e Organizações
dade de poder de compra. Se o real se desvaloriza frente ao dólar,
os produtos brasileiros ficam mais baratos em dólar. Mas mesmo
que o mercado externo esteja retraído, dificultando as exporta-
ções, se o consumo interno sustenta a atividade econômica, há
um crescimento real do PIB. Contudo, cai a magnitude desse
produto, estimada em dólar a preços correntes.
Ocorre que a cotação da moeda nacional em dólar a preços
de mercado se altera, especialmente, em razão da entrada ou saí-
da de dólares no Brasil e da inflação no país.
Do lado brasileiro, a entrada e saída de dólares está relacio-
nada, basicamente, com exportações e importações, movimen-
tação da bolsa de valores, taxas dos títulos da dívida pública e
remessas líquidas ao exterior.
Do lado norte-americano, quando a taxa de juros aumenta
nos Estados Unidos ou a atividade econômica se aquece naquele
mercado, dólares saem de outras economias em direção a inves-
timentos fixos ou variáveis naquele país.
Como se pode ver no gráfico abaixo, no período de janeiro
de 2011 a dezembro 2014 a cotação do dólar subiu de R$ 1,67 a
R$ 2,64. Por isso há uma queda do PIB estimado em dólar. Mas,
como a economia real cresceu, houve portanto um crescimento
PIB, estimado em paridade de poder de compra.
Gráfico 10 – Cotação do Dólar (USD) em Real (BRL) Jan 2000 a
Dez 2017
Fonte de Dados: IPEA [336]
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