O Golpe – Brics, Dólar e Petróleo Euclides_Mance_O_Golpe_Brics_Dolar_e_Petroleo | Page 160

1. Brasil e BRICS 1.20.8. Reação Judicial: criminalizar o movimento grevista Menos de 24 horas após o início da greve dos petroleiros, o TST decretou a ilegalidade da greve e ampliou de R$ 500 mil para R$ 2 milhões a multa diária a ser paga pelas organizações sindicais que aderissem ao movimento e descumprissem a deci- são de suspendê-lo. [322] 1.20.9. “Não nos calarão” Em 31/05/218 a Federação Única dos Petroleiros publica nota afirmando que: Os petroleiros novamente deixam sua marca na defesa da sobera- nia. A luta contra a privatização da Petrobras ganhou a sociedade. A categoria colocou em debate os interesses que pautam a política de preços dos combustíveis, deixando claro o projeto da gestão Pedro Parente de sacrificar o povo brasileiro e a soberania do país para cumprir os ditames do mercado financeiro e das grandes corpora- ções internacionais. (FUP, 2018b) [323] 1.20.10. Resultados do Movimento A renúncia de José Lima do Conselho de Administração da Petrobras, membro do grupo defensor da privatização da em- presa, “gestor de áreas estratégicas da Shell nos últimos 27 anos”, segundo o INEEP, [324] e que fora eleito para o Conselho da Pe- trobras em 26 de abril, mostrava o enfraquecimento desse grupo. Por fim, Pedro Parente também renunciou em 1 de junho de 2018. Embora tenha havido um certo recuo imediato, o projeto de privatização, entretanto, permaneceu. A mera troca Parente por outro nome na presidência da empresa não solucionou o problema, pois foram mantidas as mesmas políticas de refino e de preços do projeto estratégico em curso, voltado à privatização da Petrobras. 159 de 382