O Golpe – Brics, Dólar e Petróleo Euclides_Mance_O_Golpe_Brics_Dolar_e_Petroleo | Page 143
1. Brasil e BRICS
1.17. Students For Liberty Deleta Dados do EPL e
Matéria sobre o Partido Social Liberal
Em novembro de 2016, dois meses após o impeachment, o
publicitário Juliano Torres, ex-diretor executivo do Estudantes
Pela Liberdade, publicou uma nota criticando a Students For Li-
berty Brazil, denunciando que arquivos pessoais de funcionários
e bancos de dados do EPL foram deletados. Segundo ele:
“os e-mails do EPL foram bloqueados, as mídias sociais alteradas, e
o site constantemente vítima de tentativas de tomada. A equipe foi
ameaçada e desrespeitada, arquivos pessoais dos funcionários e ban-
co de dados oficial do EPL foram deletados, houve pedido para que
a equipe não trabalhasse no escritório, mas na casa de um funcioná-
rio do SFL, e finalmente, tomaram a página oficial da organização.”
(BOLETIM DA LIBERDADE, 2016) [289]
Curiosamente, no próprio site norte-americano da Students
For Liberty e no site da Atlas Network materiais relacionadas ao
MBL ou que faziam referência a Kim Kataguiri também começa-
ram a desaparecer – tais como a matéria de Casey Given, intitu-
lada “Here’s how one SFL Local Coordinator is changing Brazil for
the Better”, que desaparece do site da SFL, e a indicação do MBL
como partner da Atlas Network, que desapareceu do site desta
entidade – como destacou, neste caso, a pesquisadora Katia Ge-
rab Baggio em seu artigo “Conexões ultraliberais nas Américas:
o think tank norte-americano Atlas Network e suas vinculações
com organizações latino-americanas”:
“em visita ao site da Atlas Network em maio de 2016, verifiquei que
havia 76 organizações parceiras na América Latina e Caribe, exata-
mente uma a mais do que as que constavam no site no dia da minha
apresentação no XII Encontro Internacional da ANPHLAC, ocor-
rida dois meses depois, em 28 de julho. Entre as 76, estava o Movi-
mento Brasil Livre (MBL), que, em julho, não aparecia mais na lista
de parceiras. Nada, obviamente, é por acaso. Houve, provavelmente,
uma deliberada decisão por ocultar o MBL da lista de partners no
período de votação do impeachment da presidente Dilma no Sena-
do.” (BAGGIO, 2016) [290]
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