Do Egito a Canaã | Page 14

SUSTENTO

Jonathan Seed

" E deste o teu bom espírito , para os

ensinar ; e o teu maná não retiraste da sua boca ; e água lhes deste na sua sede ." ( Neemias 9:20 )
O maná é mencionado em muitas partes das Escrituras , mas o que ele era exatamente ? Os israelitas tinham a mesma indagação , " porque não sabiam o que era ". Na verdade , o nome hebraico que deram a ele se traduz em " O que é isto ?" A resposta que Moisés deu a eles é a definição mais abrangente que ouvi : " Este é o pão que o Senhor vos deu para comer " ( Êxodo 16:15 ). Em poucas palavras , Moisés faloulhes de seu caráter simples , sua origem divina e seu propósito único .
Seu Caráter Simples
Como resultado dos lockdowns em muitas partes do mundo , a arte de fazer pão com massa levedada disparou em popularidade . A moda se espalhou a tal ponto que em certas áreas nem se acha mais farinha . Parte do apelo é a ideia de " se reconectar " com o passado , com os tempos em que não havia " fermento rápido " e nem pães " brancos " produzidos em massa . Mas o pão sempre foi onipresente . Ele assumiu diferentes formas em diferentes culturas , mas quase sempre continua sendo uma parte insubstituível da dieta . Também aparece extensivamente nas Escrituras . Lemos sobre ele simbolicamente para transmitir a ideia de comunhão : " O pão que partimos não é , porventura , a comunhão do corpo de Cristo ?" ( 1 Coríntios 10:16 ). O símbolo é estendido até mesmo a um contexto escatológico quando lemos sobre " o maná escondido " que foi prometido " ao que vencer " ( Apocalipse 2:17 ).
No entanto , a ideia mais comum é o pão como alimento . Com exceção de Paulo , que fala mais do sentido simbólico , os escritores do Novo Testamento destacam seu efeito de sustentar . A mera existência do pão deve nos lembrar do nosso Deus que " encheu de bens os famintos " ( Lucas 1:53 ). Embora seja feito por mãos humanas , não há massa sem grão , e não há grão sem chuva .
Sua Origem Divina
O pão do qual falou Moisés era diferente . Sua aparência era " como a semente de coentro ", " como a do bdélio ". Era uma coisa branca , miúda , parecida com flocos , " miúda como a geada sobre a terra ". Tinha gosto de " bolos de mel ". A pequena substância era facilmente colhida , moída ou batida e até mesmo fervida para " fazer bolos " e , se deixada no sol , " derretia-se ". E se isso não fosse informação sensorial suficiente , somos informados até de seu odor quando coletado e não comido no mesmo dia : " criou bichos e cheirava mal ".
Há outra qualidade , no entanto , que era muito pertinente à sua habitação neste deserto inóspito : era abundante . O salmista disse que o Senhor " fez chover sobre eles o maná para comerem [...] ele lhes mandou comida com abundância " ( Salmo 78:24-25 ). Como um prenúncio do " verdadeiro Pão do céu ", havia o suficiente e mais para todos eles . Este trigo em particular não dependia da época de semear e da colheita , pois era o " grão do céu ". Chegou à primeira luz do dia , " quando o orvalho jazia ao redor do arraial ", e nunca
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