DEUS É AMOR
Bryan Joyce
Cada página da Palavra de Deus está
repleta do Seu amor. A história de
Deus é a história do Seu amor. Sem
ele, não haveria história. Não haveria
passado. Não haveria futuro. Existimos
apenas porque Deus é amor!
Como podemos explicar isso? Como
podemos descrever sua plenitude?
Impossível! Não tem jeito, e a vastidão
da eternidade não será suficiente. Nossas
mentes podem apenas ter um vislumbre,
como Moisés vendo as costas de Deus
no monte. Aqui estamos nós, em todos
os nossos pecados e trapos imundos,
tentando aprender a grandeza do amor
do Todo-Poderoso – um amor muito
vasto, infinito, incomensurável, grande,
profundo, alto, amplo e excelente para
a mente humana compreender (Efésios
3:18).
Como uma criança brincando à beira
do vasto Atlântico, tocamos os pés
da compreensão nas profundezas da
existência divina e buscamos, com nossa
limitada capacidade de entendimento, um
Deus inesgotável. Mas, ao permitirmos que
essa verdade nos preencha e nos banhe,
tornamo-nos firmemente enraizados,
ancorados em nossa fé (Efésios 3:17).
AMOR SEMPRE EXISTENTE
Um amor que nunca teve começo
A Bíblia nos diz que Deus não teve
princípio (Salmo 90). Também nos diz que
Ele é amor (1 João 4). Seu amor, portanto,
não teve começo. É a Sua natureza. Ele não
aprendeu a amar. Seu amor não cresceu
com o tempo ou com a eternidade. Ele não
chegou a Ele em algum momento oportuno
de Sua existência eterna. Ele sempre foi o
único e verdadeiro Deus de amor. Dá para
explicar? Não. Podemos compreender?
Não. Deve ser aceito somente pela fé.
O amor de Deus é perfeita e eternamente
fundado e é funcional dentro de Sua
própria pessoa. Ele é autossuficiente e não
precisa de nada fora de Si mesmo para
preencher espaços vazios ou solitários.
Tentamos compreender esse amor prático
ao considerarmos a verdade da trindade:
o amor entre o Pai, o Espírito Santo e o
Filho. Ao falar com Seu Pai, o Senhor Jesus
disse: "Tu me hás amado antes da criação
do mundo" (João 17:24).
AMOR EXPRESSIVO
Um amor revelado nas eras passadas
Deus não precisava nos criar para se
tornar mais realizado. Ele tinha tudo, mas
a plataforma da criação e da humanidade
era perfeita para revelar todos os Seus
atributos divinos. Seja na própria criação,
na escolha da nação de Israel, no envio de
Seu Filho como descendente de Abraão ou
na edificação da igreja, tudo fazia parte de
Seu plano em mostrar a grandeza de quem
Ele é.
A palavra hebraica ahăbâh (pronunciada
"ahavah") é comumente usada para "amor"
no Antigo Testamento. É uma palavra
ampla, que pode significar o amor de
um amigo, ou o amor de uma criança, ou
o amor de uma nação pelo seu líder. É
a palavra usada em Deuteronômio: "O
Senhor não tomou prazer em vós, nem
vos escolheu, porque a vossa multidão era
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