A VONTADE
DE DEUS
Tim Woodford
Quando se trata de entender a
vontade do Senhor na vida de um
cristão, tentaremos examinar esse
importante aspecto da vida cristã sob dois
títulos: "Minha agenda" e "Minha atitude".
Minha Agenda
Às vezes, um crente está procurando
entender a vontade do Senhor e como
ela se relaciona com eventos passados
– circunstâncias inesperadas, tristes ou
mesmo devastadoras. A pergunta frequente
é "Por quê?". Veremos as experiências
excruciantes, mas inestimáveis de Jó. Em
outros momentos, procuramos entender
a direção do rumo de nossas vidas. Para
entender melhor o "Onde?" quanto à direção
futura do Senhor, examinaremos a jornada
da vida de Abraão. Finalmente, para aqueles
de nós perguntando "O quê" ou "Qual"
a vontade do Senhor para si atualmente,
consideraremos a missão e os movimentos
de Paulo.
Após os eventos iniciais do capítulo 1 (com
foco em suas posses) e do capítulo 2 (visando
sua pessoa), Jó abre sua boca no capítulo
três. Seis vezes sucessivas ele pergunta "Por
quê?". Ao longo de todo o livro, ele repetirá
isso mais de 20 vezes. Em meio ao tumulto
da insensatez dos amigos de Jó, o próprio
Jeová se destaca pelo Seu silêncio até o
capítulo 38. Do redemoinho, Ele faz a Jó
mais de 70 perguntas, cada uma destinada
a levá-lo à conclusão: "Bem sei eu que tudo
podes, e nenhum dos teus pensamentos
pode ser impedido", e à confissão, "falei
do que não entendia; coisas que para mim
eram maravilhosíssimas, e que eu não
compreendia" (Jó 42:2-3). Não lemos sobre
Jó recebendo uma explicação detalhada
e divina para tudo o que aconteceu.
Mais importante que isso, aprendemos
que o propósito de um Deus soberano e
onipotente será inevitavelmente alcançado,
mesmo através das difíceis provações do
nosso passado.
Abraão é um exemplo de como seguir a
vontade do Senhor, independentemente
do que o futuro reserva. Em resposta ao
chamado de Deus, ele obedeceu e "saiu,
sem saber para onde ia" (Hebreus 11:8). A fé
o capacitou, e também pode nos capacitar,
hoje, a dar o próximo passo à luz da revelação
divina, confiando em Deus quanto às trevas
do futuro desconhecido. O morador de
tendas procurou (sem ver) "a cidade que tem
fundamentos, da qual o artífice e construtor
é Deus" (Hebreus 11:10). Quando Deus
pediu que ele entregasse seu filho Isaque,
colocando em risco a viabilidade do futuro
da sua descendência, "aquele que recebera
as promessas ofereceu o seu unigênito" e
"considerou que Deus era poderoso para até
dos mortos o ressuscitar" (Hebreus 11:17-
18). As promessas anteriores e o poder
presente de Deus para ressuscitar os mortos
equiparam Abraão, não para entender o
"onde" ou o "como" acerca do futuro, mas
para confiar no "Quem".
Paulo, na sua conversão, perguntou: "Quem
és, Senhor?" A resposta impressionante, "Eu
sou Jesus", causou sua rendição completa,
como visto em sua segunda pergunta:
"Senhor, que farei?" (Atos 22:10). Essa
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