MARIA - Sofrendo
por amor
Ryan Coleman
Entre os santos que sofreram, vamos
considerar Maria, a mãe do Senhor Jesus.
As promessas de Deus para ela foram
únicas. Ela passou mais tempo com o Senhor
Jesus do que qualquer outra pessoa na terra.
Ela O amava como apenas uma mãe poderia,
e a cruz representava a maior catástrofe para
tudo o que ela considerava precioso. Mas,
apesar de todo o sofrimento dela e o nosso,
Deus pode fazer – e fará – com que a pior dor
seja transformada em louvor para Sua glória.
Relembrando a Cena
As expectativas de Maria eram altas. Gabriel
apareceu a ela e José, proclamando ser o
filho dela o Salvador do mundo. Para ela, o
mensageiro de Deus declarou Jesus, Salvador,
Filho de Deus e o Altíssimo, um governante
além de qualquer um que o mundo já tinha
visto: "e o seu Reino não terá fim" (Lucas
1:33). Isabel, os pastores, anjos, Simeão e Ana
confirmaram suas palavras. Em Belém, Maria
gentilmente tomou em seus braços a grande
promessa de Deus, cheirou Sua cabeça macia,
envolveu-O calorosamente e O puxou para
perto de si no ar fresco da noite.
Com sabedoria e maturidade, a jovem mãe do
Senhor Jesus observou seu filho atentamente.
As Escrituras registram que ela guardava
as coisas relacionadas ao Senhor Jesus em
seu coração, ponderava sobre elas e ficava,
de forma silenciosa, maravilhada com Ele.
Considere ela criando, ensinando e sendo
mãe do Filho de Deus! Ele era obediente, e
diligentemente aprendia os hábitos de casa
e ajudava Seu pai (Lucas 2:51). Podemos ter
certeza de que Maria, como qualquer mãe, O
amou de todo o coração, deleitou-se com Seu
êxito e O observou crescer com grande alegria.
Maria também tinha certeza da “Messianidade”
de Jesus e da natureza divina. Certa vez, a
família participou de um casamento em Canaã.
Quando a celebração aconteceu, foi Maria
quem instruiu os garçons do casamento a
fazerem “tudo quanto ele vos disser” (João
2:5). Transformar água em vinho foi o primeiro
dos milagres de Jesus, e a confiança inabalável
de Maria em seu filho desencadeou um ato
que revelou Sua glória e consolidou a fé dos
discípulos Nele (João 2:11).
Esperamos que Maria tenha seguido a seu
filho como Ele ensinou, esperando que Ele
assumisse o trono de Davi e governasse
Seu povo. Não sabemos se ela entendeu
completamente o que Ele deveria suportar para
cumprir as promessas de Deus, pois a obra da
salvação era somente Dele. Mas sabemos que
ela estava lá, no Calvário. Ela sentiu a vergonha
Dele. Ela O viu machucado, ensanguentado
e carregando a Sua cruz. Cravos. Espinhos.
Lança. Brado. Ela testemunhou tudo, sofrendo
como apenas uma mãe poderia.
A Realidade do Sofrimento
Com nossa limitada experiência, consideramos
a realidade do sofrimento de Maria. Ela sabia
que Jesus era o Messias, sabia que Ele era o
Filho de Deus, sabia que era o seu Salvador.
Ela confiava em promessas inabaláveis.
Mas o Calvário representou um grande
desafio às palavras de Gabriel, às coisas
que ela testemunhou e às expectativas que
ela considerou em seu coração desde o
nascimento Dele. As promessas deveriam se
cumprir, mas como?
Como Maria, nossas expectativas, esperanças
e sonhos para nossos pequenos nascem
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