Sofrimento | Page 16

MARIA - Sofrendo por amor Ryan Coleman Entre os santos que sofreram, vamos considerar Maria, a mãe do Senhor Jesus. As promessas de Deus para ela foram únicas. Ela passou mais tempo com o Senhor Jesus do que qualquer outra pessoa na terra. Ela O amava como apenas uma mãe poderia, e a cruz representava a maior catástrofe para tudo o que ela considerava precioso. Mas, apesar de todo o sofrimento dela e o nosso, Deus pode fazer – e fará – com que a pior dor seja transformada em louvor para Sua glória. Relembrando a Cena As expectativas de Maria eram altas. Gabriel apareceu a ela e José, proclamando ser o filho dela o Salvador do mundo. Para ela, o mensageiro de Deus declarou Jesus, Salvador, Filho de Deus e o Altíssimo, um governante além de qualquer um que o mundo já tinha visto: "e o seu Reino não terá fim" (Lucas 1:33). Isabel, os pastores, anjos, Simeão e Ana confirmaram suas palavras. Em Belém, Maria gentilmente tomou em seus braços a grande promessa de Deus, cheirou Sua cabeça macia, envolveu-O calorosamente e O puxou para perto de si no ar fresco da noite. Com sabedoria e maturidade, a jovem mãe do Senhor Jesus observou seu filho atentamente. As Escrituras registram que ela guardava as coisas relacionadas ao Senhor Jesus em seu coração, ponderava sobre elas e ficava, de forma silenciosa, maravilhada com Ele. Considere ela criando, ensinando e sendo mãe do Filho de Deus! Ele era obediente, e diligentemente aprendia os hábitos de casa e ajudava Seu pai (Lucas 2:51). Podemos ter certeza de que Maria, como qualquer mãe, O amou de todo o coração, deleitou-se com Seu êxito e O observou crescer com grande alegria. Maria também tinha certeza da “Messianidade” de Jesus e da natureza divina. Certa vez, a família participou de um casamento em Canaã. Quando a celebração aconteceu, foi Maria quem instruiu os garçons do casamento a fazerem “tudo quanto ele vos disser” (João 2:5). Transformar água em vinho foi o primeiro dos milagres de Jesus, e a confiança inabalável de Maria em seu filho desencadeou um ato que revelou Sua glória e consolidou a fé dos discípulos Nele (João 2:11). Esperamos que Maria tenha seguido a seu filho como Ele ensinou, esperando que Ele assumisse o trono de Davi e governasse Seu povo. Não sabemos se ela entendeu completamente o que Ele deveria suportar para cumprir as promessas de Deus, pois a obra da salvação era somente Dele. Mas sabemos que ela estava lá, no Calvário. Ela sentiu a vergonha Dele. Ela O viu machucado, ensanguentado e carregando a Sua cruz. Cravos. Espinhos. Lança. Brado. Ela testemunhou tudo, sofrendo como apenas uma mãe poderia. A Realidade do Sofrimento Com nossa limitada experiência, consideramos a realidade do sofrimento de Maria. Ela sabia que Jesus era o Messias, sabia que Ele era o Filho de Deus, sabia que era o seu Salvador. Ela confiava em promessas inabaláveis. Mas o Calvário representou um grande desafio às palavras de Gabriel, às coisas que ela testemunhou e às expectativas que ela considerou em seu coração desde o nascimento Dele. As promessas deveriam se cumprir, mas como? Como Maria, nossas expectativas, esperanças e sonhos para nossos pequenos nascem 16