Notícia Local Notícia Local - 6 de julho de 2017 | Page 3
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ATÉ MESMO A OPRESSÃO
PODE SER VENCIDA!
Quando a família de Nicole Takavarasha se envolveu com o ocultismo,
ela não fazia ideia das obrigações que seriam necessárias. Isso se tornou
algo cultural, visto como uma maneira de alcançarem proteção e uma
vida melhor. Mal sabiam eles dos efeitos que aquilo traria.
“Minha família e eu costumávamos
nos
consultar
com
feiticeiros
frequentemente. Eu era criança e não
entendia muito bem o que estava
acontecendo, mas me diziam para ir e
eu ia. Nos disseram que tínhamos que
pagar uma certa quantia de dinheiro
ou coisas ruins aconteceriam. Nós nos
agarramos a todas as suas palavras
porque tínhamos medo. Então, se eles
nos dessem algo para comer ou beber,
banhar-se ou usar, nós seguíamos
sem questionar. Achávamos que, ao
fazer isso, as coisas melhorariam,
mas aconteceu o oposto. Devido às
dificuldades financeiras, meus pais
migraram para o Reino Unido, mas eu
e o meu irmão ficamos com a nossa
avó, que continuou envolvida com o
ocultismo. Isso prosseguiu por mais
quatro anos.”
mas quando eu estava prestes a me
esfaquear, minha avó apareceu e tirou
a faca de mim. Sem saber o que fazer,
chorei. As coisas pioraram e tentei me
suicidar novamente. Eu achava que
não tinha valor; não sabia qual era
meu propósito na vida. Quando iniciei
o ensino médio, conheci uma garota
que sempre andava sozinha e vestia
roupas escuras. De alguma forma,
aquilo me atraiu, e nos tornamos
amigas. Comecei a fazer tudo que ela
fazia e a ouvir heavy metal. Fazíamos
pactos de sangue e íamos a cemitérios.
Tudo que fosse relacionado à morte
nos atraía.
Nicole adoeceu, seu irmã o estava
passando por problemas financeiros
e as coisas em casa não iam bem.
Então, eles se mudaram para o Reino
Unido com seus pais.
“Na escola, eu percebia que era
diferente das outras crianças. Era
reservada e me constrangia facilmente.
Queria interagir com os outros, mas
não conseguia. Em casa as coisas
também eram ruins, especialmente à
noite. Durante a noite, eu costumava
sentir uma presença em meu quarto.
Era como se algo estivesse em cima
de mim, me sufocando. Devido ao
medo, eu nunca desligava as luzes e
me escondia debaixo dos cobertores.
Por causa daquelas noites horríveis, eu
me sentia muito cansada na escola.
Não sabia descrever o que estava
acontecendo comigo, então, embora
minha mãe estivesse sempre presente,
eu nunca conversava com ela sobre o
que estava passando. Esse desamparo
me levou a sentir vazia e deprimida.
Achava que acabar com a minha vida
era a única solução. Tentei me suicidar
pela primeira vez ainda muito jovem,
Antes
Me tornei uma pessoa muito amarga
e negativa. Eu me alegrava com
o sofrimento dos outros, mas ver
outras pessoas felizes me entristecia.
Essa nova perspectiva não me fez
bem. Eu ainda sofria com os mesmos
ataques noturnos”.
Quanto mais
a mãe de Nicole
frequentava o Centro de Ajuda,
mais sua vida melhorava. Quando a
mudança na mãe de Nicole finalmente
se tornou evidente, Nicole decidiu
aceitar seu convite para ir com ela.
“Quando fui ao Centro de Ajuda, eu
sabia que ia vencer minhas tempestades.
Pude notar claramente que as pessoas
de lá eram diferentes. Todos sorriam e
se importavam sinceramente comigo.
Comecei a frequentar as reuniões de
domingo de manhã, onde recebia
coragem e motivação. Entendi que
também era importante frequentar as
reuniões de sexta-feira, para me libertar
espiritualmente de todos os problemas
internos que eu estava enfrentando, e
colocar em prática o que eu ouvia. Eu
não tinha nada a perder. Tive que abrir
mão das coisas que me deixavam para
baixo, principalmente da música que eu
ouvia. Não foi fácil, pois eu praticamente
dependia daquilo. Conseguia me
relacionar com as palavras de depressão
e morte que ouvia, e aquilo me
confortava. Mas me abri e compartilhei
com os conselheiros tudo o que eu estava
passando, então eles me orientaram e
oraram por mim. Porém, eu sabia que
também precisava fazer a minha parte, e
que não podia aceitar continuar isolada.
Tive que me forçar a mudar, a sair da
minha zona de conforto.
As
mudanças
não
vieram
imediatamente, mas, com o tempo,
percebi que a depressão e os ataques
espirituais tinham parado e comecei a
me sentir confortável comigo mesma.
Também passei a notar diferenças na
minha família. Agora, nós somos unidos
e vivemos juntos. Comemos nossas
refeições juntos, como uma família –
algo que não acontecia antes. Também
posso conversar com a minha mãe
sobre qualquer assunto. Além disso, não
tenho mais pensamentos de suicídio,
nem me isolo mais. Eu sei o que quero
da minha vida e tenho metas para o
meu futuro. Hoje, ao invés de me sentir
atraída pelo sofrimento dos outros,
eu quero ajudá-los e compartilhar a
ajuda que recebi. Quero que a vida
deles mude da mesma forma que a
minha mudou. Resumindo, tudo que
me oprimia ficou para trás. Não tenho
mais que viver com aqueles problemas,
pois eles não fazem mais parte de mim.
Sou uma pessoa completamente nova
e não podia estar mais feliz com minha
nova versão.“
Nicole Takavarasha
DOMINGO, 30 DE JULHO• ÀS 10H
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