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Prof. António Manuel Barros Mendonça

Presidente do Conselho Executivo

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Atuar para transformar!

Nesta primeira edição de "O Baguinho”, importa referir em primeiro lugar, a iniciativa, a vontade de fazer diferente, o inconformismo e,sobretudo, a capacidade de envolver vários colaboradores de diferentes departamentos curriculares. Ao fim ao cabo, nada mais do que temos vindo a estimular insistentemente em local próprio, mas também em conversas sempre que estas questões nos são colocadas, já lá vão alguns anos.

Sendo mais TeC, ou menos TeC, há uma questão que permanece imutável naquilo que é a essência da nossa profissão. O querer fazer, transformar, juntar vontades, fazer acreditar aos nossos alunos que na Escola criam-se oportunidades e promove-se a esperança de um futuro pleno. Deixarmos uma marca, uma saudável pegada, independentemente do posicionamento momentâneo na carreira. Tive oportunidade de, na intervenção que fiz na sessão comemorativa dos quarenta anos da nossa escola, referir que será necessário apresentar resultados, ao mesmo tempo fiz ver que os resultados na Educação vão muito para além das provas finais. Mostrar resultados significa, mudar processos, adequar práticas, transformar processos e se isso acontecer os resultados aparecem, é nisso que acreditamos. Em 2015/2016, sessenta por cento dos nossos Encarregados de Educação tinham apenas o primeiro e o segundo ciclos como habilitações literárias. Isto exige um esforço de todos para melhorarmos estes indicadores. Não vale a pena dizer que faltam recursos humanos e financeiros nas diferentes áreas. Urge tornarmos os nossos jovens, futuros homens e mulheres conscientes, com atitudes cívicas responsáveis e participativas, emocionalmente equilibrados a exigir mais racionalidade na gestão de todo o tipo de recursos. Uma escola de valores e emoções. Cada um tem um papel determinante em reescrever este mundo que se transforma a uma velocidade vertiginosa. Sabemos que não podemos fazer tudo, a Escola não pode substituir o núcleo central que é a família, mas podemos ajudar a refundar este pilar da sã convivência social.

Por outro lado, com a progressiva digitalização das nossas vidas, não acredito que os professores sejam rapidamente substituídos por máquinas e não acredito, porque para ensinar ainda é necessário exercer o nosso desígnio por vocação, por paixão e amor, que sendo fundamental não é suficiente. Mas ignorar esta realidade é desperdiçar energia e não otimizar o exercício das nossas funções.

De que vale assistirmos a uma mudança no nosso dia a dia, das nossas vidas, se formos agentes passivos e imutáveis?

Termino como comecei, os maiores votos de sucesso para “ O Baguinho”, porque o sucesso do projeto é o sucesso da nossa Escola e da nossa profissão!