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2 Barroso Noticias de 15 de Novembro de 2014 MONTALEGRE Município número um no distrito em 2015 O Orçamento do Estado para 2015 estipula que só as autarquias que tenham um peso de gastos com pessoal nas receitas inferior a 35% é que podem contratar no próximo ano praticamente sem restrições. Nessa situação, de acordo com os cálculos feitos pelo jornal “Negócios”, estão 95 dos 308 municípios em Portugal. O valor de referência para este cálculo são os dados de 2014, que ainda não é possível obter porque o ano não terminou. O “Negócios” pegou nos dados relativos às despesas com pessoal e às receitas de 2013 e aplicou-lhes a variação prevista no relatório do Orçamento do próximo ano - e que aponta para uma queda nas despesas de cerca de 10% e nas receitas de perto de 9%. No próximo ano, segundo este jornal, apenas três Câmaras da região de Trás-osMontes e Alto Douro vão poder contratar pessoal para os seus quadros: Montalegre (32%), Valpaços (35%) e Vila Real (34%), porque apresentaram contas equilibradas ao longo dos últimos três anos e despesas com pessoal e aquisição de serviços inferiores a 35 por cento da receita média arrecada nesse triénio. Assim, Montalegre surge na linha da frente no distrito podendo aumentar a despesa até 3% dos 3 pontos que a separam dos 35%. Para o presidente da edilidade, Orlando Alves, este facto espelha «o exercício de políticas conscientes alicerçadas numa conduta séria e responsável» que este município tem seguido. Acrescenta ainda que «o governo e as autarquias terão de ajudar a criar postos de trabalho a fim de ser evitado o total abandono do interior». Para uma coesão territorial diz que é necessário «criar condições para que haja a possibilidade de cada autarquia, no seu seio, poder acomodar mão-de-obra que as autarquias carecem e que não podiam contratualizar e que agora, no caso de Montalegre, vai ser possível, embora com muitas limitações e constrangimentos». No entanto, a Associação Nacional de Municípios quer que o tecto com despesas face às receitas seja de 60% e não de 35%, como sugere o Governo no Orçamento para 2015. O novo número praticamente duplica o do Governo. Os autarcas querem substituir o tecto para despesas com pessoal, que o Governo colocou em 35% das receitas, por um outro, equivalente a 60% das receitas. pelo caminho. Ao longe ouve-se o som das concertinas, no meio de uma névoa de fumo que sai dos assadores, recheados de carne, sardinhas e, castanhas. José Gil, um dos filhos da terra migrado e que não perde uma, cá está mais uma vez de máquina fotográfica na mão, a disparar cliqu es para o arquivo da memória de CORTEJO CELESTIAL ELVIRA PIRES DE MOURA, de 74 anos de idade, casada, natural de Meixedo e residente em S. Domingos de Rana, faleceu no passado dia 4 de Novembro, sendo ennterada no cemitério de Meixedo. PAZ ÀS SUAS ALMAS! Aviso aos caros leitores: Esta secção do CORTEJO CELESTIAL deixará de ser publicada em todas as edições. Ela vai sair apenas uma vez por mês, na 2.ªa edição do fim de cada mês. um povo que continua a manter vivas as tradições. «Venho pelo convívio. Voltar às origens. Estou à espera de tudo, sobretudo encontrar os amigos.» O facto de, este dia, coincidir com a época do ano onde o calendário rural diz que terminam os trabalhos agrícolas e se começa a usufruir das colheitas (do vinho, dos frutos, dos animais) leva a que esta festa tenha toda uma componente de alegria em encontros recheados de amizade e alguma nostalgia: «Antigamente, era cada um em sua casa», comenta a D. Luísa sentada à mesa, enquanto os petiscos e as castanhas não são servidos, «era um dia de festa. Vinha-mos do monte contentes para assar as castanhas, porque havia sempre, mais qualquer coisinha para comer.» E as lembranças continuam, o Ti Carreira recorda que outrora, só havia um assador em toda a aldeia, na casa de José Acácio Moura. “Toda a gente pedia-lho emprestado, começava de manhazinha, até à noite, de casa em casa, o assador não parava.” A Associação Social e Cultural de Paredes do Rio (ASCPR) veio dinamizar a forma como Maria José Afonso Construções rurais têm 2015 para serem regularizadas Foi publicado a 5 de novembro, o Decreto-lei que regulamenta a regularização das construções rurais que não se encontram legalizadas e que, por qualquer motivo, não tinham todas as licenças camarárias. Estará em vigor no dia 2 de Janeiro de 2015 e tem uma vigência de um ano. Apesar de se aplicar a todas as construções, este decreto-lei é fundamental as explorações que não estão licenciadas e outras que foram sendo ampliadas ao longo do tempo e já não correspondem às licenças iniciais. A legislação agora publicada vem simplificar e aligeirar todo o processo de regularização das construções agrícolas existentes, mesmo que estejam condicionadas pelos PDM’s. Este facto não quer dizer que tudo pode ser legalizado, pois as construções situadas em zonas críticas como, por exemplo, leitos de cheias, não podem ser legalizadas. O processo tem duas fases distintas: a primeira, em que é pedida a viabilidade de construção no local e a segunda, se esse pedido tiver resposta favorável, sendo que então é todo o processo de construção. Para a primeira fase, tem de ser elaborado um processo com a localização e arquitectura das construções existentes, um estudo económico para provar que a exploração é de interesse para o país e garante postos de trabalho e um estudo ambiental que prove que não tem efeitos negativos no meio ambiente. Neste Decreto-lei é permitido, também, propor a ampliação das explorações. Esta é uma oportunidade única para se conseguir a regularização de explorações que estão em zonas problemáticas e tem uma grande vantagem, pois, com a apresentação do pedido, é dado um documento que funciona como uma aprovação provisória, suspendendo inclusive todas as coimas e processos que possam existir. Esta legislação reveste-se de especial interesse uma vez que, além de poder permitir aos agricultores localizar o que têm, permite que se candidatem a ajudas no âmbito do novo Plano de Desenvolvimento Rural, para investirem modernizando as suas instalações, em programas em que os subsídios estão condicionados pela apresentação das respetivas licenças. A legalização das construções também vai facilitar e valorizar as transações de propriedade, quer seja para terceiros, quer para os filhos, numa altura em que cada vez há mais jovens agricultores que querem seguir a atividade dos pais Este processo também vai trazer grandes vantagens para o Estado, pois permitirá um cadastro muito mais rigoroso das construções no mundo rural e, também, começar a cobrar impostos, tornando assim mais justa a situação de quem tem tudo legal e de quem não tem. Esta oportunidade é única, pelo que todos os agricultores que tiverem construções por regularizar devem avançar. Maria José Afonso PAREDES DO RIO Magusto do S. Martinho Em Paredes do Rio, a noite está fria e chuvosa, o verão de S. Martinho este ano ficou o S. Martinho é celebrado, promovendo uma maior confraternização entre os moradores da aldeia e aqueles que venham de fora e também queiram participar. O local é o mesmo que recebe a festa dos Reis, a matança do porco bísaro, o almoço da segada ou malhada do centeio: a sede da associação. Todos contribuem para que estas reuniões aconteçam da melhor forma possível: «A Alda hoje ajudou à mesa e a nossa animação é feita por gente da terra, o Sérgio que foi aluno da nossa escola de música, trouxe um colega, da Aldeia de Outeiro, e ambos animaram e muito bem esta festa com as concertinas.» Refere José Carlos Moura, presidente da ASCPR. Também a autarquia faz questão de estar presente, Orlando Alves presidente do Município de Montalegre salientou a importância deste tipo de associação que no seu entender «fazem com que seja possível continuar a vida na nossa terra e isso é extraordinário. Nos tempos que corre, onde as pessoas são cada vez mais individualistas e os apelos à juventude são de outra índole, haver ainda quem se dedique a programar acontecimentos como este, é de louvar. O seu dinamismo é um trabalho muito importante de envolvimento da comunidade, um trabalho notável ao longo do ano.» Dia 11 de Novembro, a tradição voltou a cumprir-se em Paredes do Rio, numa iniciativa que permite o fortalecimento de relações, à semelhança de anos anteriores, as pessoas encontraram neste espaço de convívio a possibilidade de trocarem dois dedos de conversa com familiares e amigos ao ritmo de música tradicional e de um punhado de castanhas aconchegadas p or um copo de vinho. Maria José Afonso VIADE DE BAIXO Festa do S. Marinho A Junta de Freguesia de Viade de Baixo a que preside Daniel Reis voltou a juntar o povo da freguesia à volta do magusto de S. Martinho. E, tal como as imagens mostram, por lá compareceram muitos fregueses de diversos lugares da freguesia a confraternizar e a passar uns momentos de fraterna e saudável alegria.