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Barroso Noticias de 16 de Setembro de 2014 11 O espírito do mundo Pe Vítor Pereira Habitualmente, nas suas intervenções, homilias e discursos oficiais, os papas, que a Igreja Católica tem tido, falam para o mundo e para a sociedade. Para dentro da Igreja, têm falado mais com o recurso a documentos de vária ordem, para esclarecimento de dúvidas doutrinais, ensino moral e espiritualidade cristã, melhoramento da celebração da liturgia, dinâmica e organização da vida da igreja, destacamento de linhas de pastoral, correção de excessos e desvios. O Papa Francisco também tem surpreendido porque, na minha opinião, fala mais para dentro da Igreja do que para fora. Se temos vindo a prestar atenção às suas audiências, homilias, visitas e viagens apostólicas, já se percebeu facilmente que uma BOTICAS Câmara oferece os manuais escolares aos alunos do 1º Ciclo Com o início do novo ano escolar (2014/2015), e numa iniciativa que se irá repetir pelo décimo sétimo ano consecutivo, a Câmara Municipal de Boticas vai oferecer os livros escolares a todos os alunos que frequentam o 1º Ciclo do Ensino Básico, uma medida que procura contribuir de uma forma significativa para a melhoria das condições de vida da população botiquense e o apoio aos agregados familiares do concelho. Apesar das dificuldades e limitações financeiras que as autarquias enfrentam, o Município entende que a Educação é um setor determinante para o crescimento e desenvolvimento do concelho e, portanto, o apoio à educação é uma prioridade da autarquia de Boticas, que apesar do esforço financeiro que isso implica, continuará a apostar neste setor e a desenvolver todos os esforços necessários para que todas as crianças do concelho tenham as melhores condições de ensino. Fernando Queiroga, Presidente da Câmara Municipal de Boticas, sublinha que “estas iniciativas proporcionam a todas as das suas cruzadas é provocar e despertar a conversão e a reflexão nos muitos cristãos instalados e até «falsos cristãos» que existem dentro da Igreja e combater vários vícios que se intrometeram na hierarquia, na pastoral, na espiritualidade e na vida da Igreja, num retorno ao essencial e a uma maior fidelidade a Jesus Cristo e ao Evangelho. Já todos apanharam por tabela: cúria romana, cardeais, bispos, padres, religiosos, leigos e movimentos e instituições da Igreja. Está a ser um Papa desinquietante, perturbador, agitador, no bom sentido das palavras, das águas turvas e inertes em que a Igreja facilmente se acomoda e da sonolência em que caem os cristãos, numa vivência rotineira e morna da sua fé e da sua missão. Na sua viagem apostólica à Coreia do Sul, onde o cristianismo está a crescer, no seu encontro com os bispos asiáticos, alertou, mais uma vez, para o perigo de o «espírito do mundo» (a maneira do mundo viver e entender a vida) se instalar na vida da Igreja e dos cristãos. Estes vivem no mundo e, por isso, convivem e experimentam a tentação de pensar e viver a vida como o mundo, ou se quisermos, como a sociedade em geral pensa e vive. Mas um cristão não pode pensar e viver como vive a maioria ou a sociedade em geral, porque se tornou cristão, ou seja, aderiu a Jesus Cristo e à sua palavra, adquirindo uma nova mentalidade e uma outra forma de estar na vida, em união com a Igreja. Para trás ficou o espírito do mundo e começou-se a viver uma vida nova de acordo com o espírito do Evangelho, o espírito de Jesus Cristo. Mas o espírito do mundo demora a vencer e poucos cristãos se empenham por vencê-lo dentro de si mesmos e na sua vida. Não faltam cristãos que só o são de nome, porque no dia-a-dia da sua vida e nas suas opções e decisões regem-se pelos critérios, valores e princípios que imperam na sociedade. São cristãos ocos, ou como diz o Papa, cristãos mundanos, cristãos de vinho aguado, que nem são vinho nem são água, cristãos sem consistência, cristãos