NOSSO JORNAL - COLÉGIO SANTO IVO Nosso Jornal 2017 - Ed. 44 - 2º semestre | Page 4

educação infantil BRINCAR E APRENDEr A brincadeira é uma atividade natural, espontânea e indis- pensável para o desenvolvi- mento infantil. A hora do banho, de comer, tudo para criança é brincadei- ra. É como ela se expressa. É como ela aprende. Na escola, então, a lógi- ca deve ser seguida. “Brincando, a criança constrói, compreende e aumenta sua capa- cidade de perceber, criar e desen- volver o afeto e a confiança no ou- tro. Na Educação Infantil do Santo Ivo, o brincar não é um projeto. É uma constante, é o fio condutor de todo o conhecimento que queremos transmitir aos nossos alunos”, ex- plica Ana Paula Pellin, Coordenado- ra da Educação Infantil e do 1º ano. Através do jogo, a criança com- preende o mundo à sua volta, apren- de regras, testa habilidades físicas, aprende a ganhar e a perder. O brincar desenvolve também a aprendizagem da linguagem e a habilidade motora. A brincadeira em grupo ainda favorece princípios como o compartilhar, a coo- peração, a liderança e a competição. Jogar boliche, por exemplo, é para as crianças uma atividade mui- to motivadora. Atrelada a uma es- tratégia pedagógica, ela pode trazer muito mais do que pura diversão. Os alunos do G5 do Santo Ivo trabalharam com a sequência didáti- ca do jogo do boliche. Primeiro, fize- ram um levantamento do que sabiam sobre o jogo e o que seria necessá- rio para a sua construção. Para isso, enumeraram quais materiais pode- riam ser utilizados. A professora foi a escriba, trabalhando com eles o gênero textual “lista”. Os alunos dividiram as tarefas e trouxeram de casa os materiais: gar- rafas pet, para os pinos, ou meias ve- lhas, para a bola. Para a confecção do jogo, entrou o trabalho de arte. A pro- fessora apresentou para as crianças a obra “Confetes”, do artista Arthur Bis- po do Rosário, que utilizava objetos do cotidiano, como garrafas e roupas, para realizar suas obras. Inspirados nele, os alunos picaram papéis colo- ridos e encheram suas garrafinhas, dando-lhes sustentação e beleza. Na etapa seguinte, criaram as re- gras e definiram a melhor maneira de fazer a contagem. A professora, como escriba, mediou o conhecimento das crianças para aprenderem o gênero “regra de jogo”. Chegou, enfim, a hora de jogar. Além de se divertir muito, a crian- ça é estimulada em sua inteligência corporal, na medida em que precisa controlar movimentos de pernas e braços, adequar a força do arremes- so da bola e perceber distâncias en- tre ela e as garrafas. Trabalhando a Matemática, a con- tagem dos pontos foi realizada utili- zando materiais concretos, como pa- litos de sorvete. Os registros aparece- ram através de desenhos e numerais. “Todo o projeto do boliche é um bom exemplo de como trabalhamos com sequências didáticas, abran- gendo todas as áreas, de forma lú- dica. Brincando e se divertindo, os alunos trabalham linguagem, con- tagem matemática, quantificação, arte, movimento. Existe maneira mais eficiente de aprender?”, con- clui a Coordenadora. Sala Teen do Integral cria brinquedos para doação Alunas do Integral brincam com jogo de pebolim, construído pelos próprios estudantes 4 Empreendedorismo e solidariedade. Estas são as palavras-chave do projeto que está sendo desenvolvido pela turma da Sala Teen, do Período Integral. Nele, os alunos têm criado brinquedos, que serão doados para uma escola pública e para a Educação Infantil do Santo Ivo e vendidos no bazar beneficente do Colégio. As criações estão demandando muita pesquisa, para que eles entendam o que é ne- cessário para montá-los e de que forma isso deve ser feito. Os alunos estão em contato com diferentes materiais, que normalmente não estão presentes no seu dia a dia, como prego, serrote, lixa, luvas de proteção e enforca-gatos. Para utilizá-los com segurança, contam com a preciosa ajuda do Sr. Delvair, responsável pela manutenção do Colégio. Segundo a Coordenadora do Integral, Vânia Scátola, um dos objetivos do proje- to é estimular os alunos a conhecerem outras formas de brincar, fugindo um pouco dos meios eletrônicos, como jogos de celular e videogame. Entre os brinquedos produzidos, há diferentes versões de “cai-não-cai”, pebolim e o “pezão”, no qual os alunos têm de andar em dupla e trio sobre tábuas de madeira. JORNAL SANTO IVO