Nosso Deus | Page 21

DEUS É AMOR mais do que a de todos os outros povos, pois vós éreis menos em número do que todos os povos, mas porque o Senhor vos amava (ahăbâh) [...]" (Deuteronômio 7:7- 8). Não era um amor que foi merecido ou conquistado, mas, sim, um amor originado do próprio caráter de Deus: Ele ama porque Ele ama. Não é uma obrigação Sua, mas um genuíno afeto e sentimento que Deus experimenta. Oseias comparou o amor de Deus pelo Seu povo ao amor de um marido por sua esposa. Mas o amor de Deus não é apenas um sentimento; é uma ação, algo que Ele conscientemente escolhe fazer. Moisés explicou em Deuteronômio 4:37: "Porquanto amava teus pais, e escolhera a sua semente". Mesmo com seu fracasso, partida, idolatria, imoralidade e maldade, Ele os amou e prometeu ser Seu Deus e cuidar deles até o fim. No Novo Testamento, o amor de Deus é mais frequentemente descrito pela palavra grega agape. Essa palavra significa escolher amar para o benefício daquele que é amado, e amar sem esperar nada em troca, especialmente em situações em que não há possibilidade de retribuição. A vida do Senhor Jesus é a demonstração perfeita de como esse amor foi exercido. Ele não apenas disse que amava – Ele amou! Ele tocou e curou os leprosos. Ele saiu ao encontro dos necessitados. Ele se sentou e ouviu os pecadores. Ele lavou os pés dos discípulos que reclamavam. Ele tornou o amor de Deus visível. AMOR INESGOTÁVEL Um olhar mais atento ao Calvário Toda a vida do Senhor Jesus demonstrou a realidade do Seu amor, mas não há lugar ou momento em que o Seu amor tenha resplandecido com uma beleza tão desenfreada do que durante os horríveis sofrimentos da cruz: "Mas Deus prova o seu amor para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores" (Romanos 5:8). O amor do Calvário é o maior dos amores. Tudo o que Ele fez foi por amor ao Pai que O enviou. Tudo o que Ele fez foi para o Pai. Cada pontada de angústia foi suportada em devoção absoluta a Ele (João 17:4). Seu amor foi e é completo e abrangente. Ele amou os Seus que estavam com Ele (João 13:1). Ele amou Sua família e, especificamente, Sua mãe. Vemos isso demonstrado de forma muito tocante na cruz (João 19:26-27). Ele amou Seus inimigos, mesmo quando pregaram Suas mãos e pés na cruz (Lucas 23:34). Passados 2000 anos, Seu amor ainda é real e vibrante; juntamo-nos ao apóstolo Paulo para dizer: "o Filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim" (Gálatas 2:20). AMOR ETERNO Um amor que nunca vai acabar Seu amor não só não tem começo, mas também não terá fim. É a realidade de um amor eterno e infalível que nos permite viver em plenitude. Quando passarmos pelo fogo da aflição, Seu amor estará presente. Quando enfrentarmos os problemas e perplexidades da vida, Seu amor nos envolverá. Quando enfrentarmos nossos inimigos mais ferozes, Seu amor nos levará adiante. Quando as coisas estiverem bem e a vida for boa, Seu amor será nossa força. Quando nossos amigos se forem e a solidão começar a se aproximar, Seu amor nos confortará. Quando chegarmos ao fim da vida, Seu amor nos levará à Sua gloriosa presença. Voltando à minha analogia inicial, nós apenas molhamos os pés neste oceano de verdade, mas felizmente teremos o resto de nossas vidas e toda a eternidade para explorar as profundezas do amor divino. Que nossas vidas sejam ancoradas por essa verdade, e nossos corações aquecidos para adorar. 21