DEUS É AMOR
mais do que a de todos os outros povos,
pois vós éreis menos em número do que
todos os povos, mas porque o Senhor vos
amava (ahăbâh) [...]" (Deuteronômio 7:7-
8). Não era um amor que foi merecido ou
conquistado, mas, sim, um amor originado
do próprio caráter de Deus: Ele ama porque
Ele ama. Não é uma obrigação Sua, mas
um genuíno afeto e sentimento que Deus
experimenta. Oseias comparou o amor de
Deus pelo Seu povo ao amor de um marido
por sua esposa. Mas o amor de Deus não
é apenas um sentimento; é uma ação, algo
que Ele conscientemente escolhe fazer.
Moisés explicou em Deuteronômio 4:37:
"Porquanto amava teus pais, e escolhera
a sua semente". Mesmo com seu fracasso,
partida, idolatria, imoralidade e maldade,
Ele os amou e prometeu ser Seu Deus e
cuidar deles até o fim.
No Novo Testamento, o amor de Deus é
mais frequentemente descrito pela palavra
grega agape. Essa palavra significa escolher
amar para o benefício daquele que é
amado, e amar sem esperar nada em troca,
especialmente em situações em que não
há possibilidade de retribuição. A vida do
Senhor Jesus é a demonstração perfeita
de como esse amor foi exercido. Ele não
apenas disse que amava – Ele amou! Ele
tocou e curou os leprosos. Ele saiu ao
encontro dos necessitados. Ele se sentou
e ouviu os pecadores. Ele lavou os pés dos
discípulos que reclamavam. Ele tornou o
amor de Deus visível.
AMOR INESGOTÁVEL
Um olhar mais atento ao Calvário
Toda a vida do Senhor Jesus demonstrou
a realidade do Seu amor, mas não há
lugar ou momento em que o Seu amor
tenha resplandecido com uma beleza
tão desenfreada do que durante os
horríveis sofrimentos da cruz: "Mas Deus
prova o seu amor para conosco em que
Cristo morreu por nós, sendo nós ainda
pecadores" (Romanos 5:8).
O amor do Calvário é o maior dos amores.
Tudo o que Ele fez foi por amor ao Pai
que O enviou. Tudo o que Ele fez foi
para o Pai. Cada pontada de angústia foi
suportada em devoção absoluta a Ele
(João 17:4). Seu amor foi e é completo
e abrangente. Ele amou os Seus que
estavam com Ele (João 13:1). Ele amou
Sua família e, especificamente, Sua mãe.
Vemos isso demonstrado de forma muito
tocante na cruz (João 19:26-27). Ele amou
Seus inimigos, mesmo quando pregaram
Suas mãos e pés na cruz (Lucas 23:34).
Passados 2000 anos, Seu amor ainda é
real e vibrante; juntamo-nos ao apóstolo
Paulo para dizer: "o Filho de Deus, o qual
me amou e se entregou a si mesmo por
mim" (Gálatas 2:20).
AMOR ETERNO
Um amor que nunca vai acabar
Seu amor não só não tem começo, mas
também não terá fim. É a realidade de um
amor eterno e infalível que nos permite
viver em plenitude. Quando passarmos
pelo fogo da aflição, Seu amor estará
presente. Quando enfrentarmos os
problemas e perplexidades da vida, Seu
amor nos envolverá. Quando enfrentarmos
nossos inimigos mais ferozes, Seu amor nos
levará adiante. Quando as coisas estiverem
bem e a vida for boa, Seu amor será nossa
força. Quando nossos amigos se forem e a
solidão começar a se aproximar, Seu amor
nos confortará. Quando chegarmos ao fim
da vida, Seu amor nos levará à Sua gloriosa
presença.
Voltando à minha analogia inicial, nós
apenas molhamos os pés neste oceano de
verdade, mas felizmente teremos o resto
de nossas vidas e toda a eternidade para
explorar as profundezas do amor divino.
Que nossas vidas sejam ancoradas por
essa verdade, e nossos corações aquecidos
para adorar.
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