Nosso Deus | Page 11

DEUS É LONGÂNIMO houve como se desviar de seus caminhos iníquos (veja 2 Crônicas 33:10, 18). Ele foi finalmente levado ao arrependimento por meio do castigo e da aflição na Babilônia. Houve, então, humilhação diante de Deus, um pedido de perdão e o afastamento de suas práticas iníquas. As ofertas pacíficas e de louvor foram uma expressão da paz que ele encontrou e de sua gratidão para com Deus pelas riquezas das misericórdias divinas que lhe foram mostradas. Um exemplo bem conhecido da longanimidade de Deus no Novo Testamento é visto na vida de Saulo de Tarso. A mensagem e o testemunho de Estêvão, quando Saulo presenciou seu martírio, e os rostos dos cristãos cuja prisão e mortes ele efetuou, devem ter trazido profundas perfurações de convicção em sua alma. Tudo isso culminou na estrada para Damasco, no encontro com o Cristo ressuscitado, quando o Senhor exclamou: "Duro é para ti recalcitrar contra os aguilhões" (Atos 9:5). Paulo declarou mais tarde: "Mas, por isso, alcancei misericórdia, para que em mim, que sou o principal, Jesus Cristo mostrasse toda a sua longanimidade, para exemplo dos que haviam de crer nele para a vida eterna" (1 Timóteo 1:16). Propósito na Longanimidade de Deus A palavra longanimidade está ligada a outras qualidades divinas em várias passagens das Escrituras. Misericórdia e graça são acompanhadas de longanimidade quando Moisés cita os caminhos de Deus em Êxodo 34:6 e Números 14:18. O apóstolo Paulo menciona a benignidade e a paciência com a longanimidade em Romanos 2:4. Benignidade descreve a disposição de Deus para conceder bênçãos; misericórdia sugere a piedade que Ele tem para com o que está em erro; paciência indica a restrição que Ele exerce em reter o julgamento sobre o pecado. Longanimidade tem um recurso adicional. Sugere uma perseverança paciente com pessoas desobedientes e situações provocativas para que o bem e a bênção possam ser desfrutados. A descrição do amor em 1 Coríntios 13 retrata as ações do próprio Senhor, que "tudo sofre [...], tudo espera, tudo suporta" (v. 7). De fato, "o amor é sofredor, é benigno" (v. 4). Isso foi visto na vida de Manassés e na experiência de Saulo de Tarso, e será visto de uma maneira maravilhosa na restauração e redenção do povo de Israel. O apóstolo Pedro declara em 2 Pedro 3:9 que o Senhor "é longânimo para convosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrependerse". Isso deveria ser um incentivo para continuarmos orando pela salvação dos pecadores perdidos, apesar da falta de interesse por parte delas e ainda que haja uma oposição expressa a Deus e à Sua palavra. Os pais que desejam a salvação dos filhos não salvos, que recusam a mensagem do evangelho, que aparentemente resistem à obra do Espírito de Deus em suas vidas e escolhem um caminho contrário a Deus e à Sua Palavra, podem ser encorajados. A verdade da longanimidade de Deus será um estímulo para os "tios da escolinha" e outros que buscam plantar a Palavra de Deus na vida das crianças. Também dará ímpeto àqueles que pregam o evangelho, semeando a Palavra viva. A compreensão dos caminhos do Senhor será combinada com a confiança na capacidade da Sua Palavra de produzir o arrependimento e a fé no indivíduo. Devemos lembrar as palavras de Pedro: "e tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor" (2 Pedro 3:15). 11