Muitas Mãos: Antologia Literária 2014 | Page 16

LAURO CARRER – CINZA Olho pro canto no recanto, orgulho com pranto, me levanto em demasia na azia, evita, contamina cada olhar, cada humano, mesma ideia, mesmo sempiterno, erramos e aprendemos, mesmo assim não nos reconhecemos, ainda assim só acreditamos em quem hoje só usa terno, conhecemos o que é do outro, na prosa, sinta o cheiro da rosa que transpira pelo olhar, malvada e maligna para nos derrotar, a crueldade da cidade cinza no bar, mais uma dose e o tempo não há de passar, que aconteçam as coisas no seu tempo, se deixa levar por vícios, malefícios, acreditando que algum dia irá lhe trazer benefícios, as chaves para a vida e apenas uma para a morte, e na cidade cinza foi ficando mais forte, melhor abrir a fechadura antes que a chave entorte, sobrevivendo na vida sem poder vivê-la, melhor abrir a fechadura com orgulho do que ter a vida e perdê-la. 16