LAURO CARRER – CINZA
Olho pro canto no recanto, orgulho com pranto, me levanto em demasia na
azia, evita, contamina cada olhar, cada humano, mesma ideia, mesmo sempiterno,
erramos e aprendemos, mesmo assim não nos reconhecemos, ainda assim só
acreditamos em quem hoje só usa terno, conhecemos o que é do outro, na prosa, sinta
o cheiro da rosa que transpira pelo olhar, malvada e maligna para nos derrotar, a
crueldade da cidade cinza no bar, mais uma dose e o tempo não há de passar, que
aconteçam as coisas no seu tempo, se deixa levar por vícios, malefícios, acreditando
que algum dia irá lhe trazer benefícios, as chaves para a vida e apenas uma para a
morte, e na cidade cinza foi ficando mais forte, melhor abrir a fechadura antes que a
chave entorte, sobrevivendo na vida sem poder vivê-la, melhor abrir a fechadura com
orgulho do que ter a vida e perdê-la.
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