Military Review Edição Brasileira Quarto Trimestre 2016 | Page 85
ARTILHARIA
eficaz. A capacidade dos VANT de sobrevoar acima
das áreas de interesse para a Artilharia e prover localizações altamente precisas dos alvos faz com que sejam
ideais para tirar proveito das munições guiadas de
precisão contra sistemas de fogos indiretos do inimigo.
Ainda, os VANT são capazes de prover avaliações imediatas dos efeitos do combate para a coleta de dados de
Inteligência e para os processos de seleção e priorização
de alvos.
Durante os exercícios de combate, a 101a Art Div
replicou as recentes táticas russas na Ucrânia com
semelhante sucesso. A unidade desenvolveu técnicas e
procedimentos para a integração de VANT no combate
de contrabateria durante o exercício de combate WFX
15-5, e aprimorou os procedimentos de redefinição
dinâmica de tarefas e o processo de missão de tiro durante o exercício 16-2. As duas experiências provaram
que a integração do VANT no apoio às operações de
fogos de contrabateria funciona.
Planejamento. A Art Div deve participar na
coordenação, integração e sincronização dos VANT
da Divisão durante o processo de seleção e priorização
de alvos. O levantamento das áreas de interesse para a
Inteligência, por parte da seção de Inteligência da unidade, com base nas buscas de alvos de Artilharia e na
análise dos indicadores de movimento de alvos terrestres (Alvos sensíveis ao tempo –AST, conforme a doutrina militar terrestre brasileira) não apenas i nfluenciou
esses esforços, mas, também, apoiou o desenvolvimento
de ações que precipitaram a redefinição de missão para
os VANT, para ajudar a unidade durante fases críticas
da atividade de contrabateria. Durante esses períodos,
a unidade agiu como uma célula conjunta e funcional
de integração ar-terra focada em fogos de contrabateria dentro da área de interesse definida. Ela localizou
alvos, evacuou o terreno e o espaço aéreo e executou
missões de tiro contra alvos identificados, de acordo
com a matriz de orientação de ataque. A capacidade e a
autoridade da Art Div de coordenar diretamente com
o Corpo de Exército e as Divisões adjacentes colaborou
com esses esforços.
O desafio primário na integração dos VANT é
a execução dos passos adicionais necessários para o
processamento da missão de tiro. Dentro da unidade,
a seção de fogos letais era responsável pela coordenação desses passos necessários. A integração dos VANT
e da Artilharia durante pontos-chave nos fogos de
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contrabateria provou ser altamente efetiva, e o processo
desenvolvido pela 101a Art Div preencheu a lacuna
na doutrina atual relacionada com fogos de interdição
realizados pela Artilharia (i.e., fogos de contrabateria
proativos).
Os observadores do MCTP observam rotineiramente que o planejamento deficiente de fogos resulta
em apoio insuficiente ao plano de manobras terrestres6.
Em contraste, as experiências da 101a Art Div nos
exercícios de combate WFX 15-05 e 16-02 ressaltaram
o valor de planos detalhados, e a unidade foi reconhecida por satisfazer as exigências doutrinárias do planejamento de fogos.
Essencial para o êxito da unidade foi a implementação de uma reunião de sincronização para o planejamento de fogos alinhada com o horizonte de eventos
da Divisão. A reunião de sincronização capacitou o
estado-maior a conduzir o planejamento de Artilharia
de campanha que sincronizou os esforços em todas
as funções de combate. Como o Grande Comando
Operativo, a Divisão foi responsável pelo planejamento
do apoio de fogo e a Art Div foi responsável pelo planejamento de fogos para apoiar o esquema de manobra.
O modelo de planejamento da unidade criou e facilitou um vínculo entre os estados-maiores da Divisão e
da Art Div. A doutrina atual não define claramente esse
vínculo, então a implementação por parte da Art Div
desse modelo ajudou a delinear as responsabilidades
específicas e implícitas de cada organização.
A célula de seleção e priorização de alvos da Divisão,
apoiada pelo estado-maior, empregou o processo de
decidir, detectar, atacar e avaliar na busca de alvos para
facilitar o planejamento de apoio de fogo que estabeleceu as tarefas de apoio de fogo, uma lista de alvos altamente compensadores, uma matriz de sincronização de
alvos, um plano de coleta de informações e os refinamentos à escolha de alvos. O estado-maior da 101a Art
Div conduziu o planejamento de fogos que desenvolveu
um plano sincronizado para realizar as tarefas de apoio
de fogo designadas.
Durante a reunião de sincronização, os planejadores das operações, representantes das seções de
estado-maior e oficiais de apoio de fogo das Brigadas
participantes transformaram as tarefas de apoio de
fogo em tarefas de Artilharia de campanha, desenvolveram linhas de ação para posicionamento de baterias
e de radar, determinaram os efeitos e os requisitos,
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