Military Review Edição Brasileira Quarto Trimestre 2016 | Page 82

operações de segurança na retaguarda. As principais diferenças entre os cenários se concentravam nos aspectos do terreno, nas capacidades defensivas do inimigo e na organização para o combate da força amiga. Em geral, as semelhanças entre os cenários permitiram que a 101a Art Div pudesse reaprender e validar a sua proficiência em ação decisiva. As diferenças dos cenários facilitaram o desenvolvimento de novas táticas, técnicas e procedimentos apoiados pela doutrina. As Principais Lições Aprendidas A seguinte discussão ressalta as principais lições aprendidas pela Art Div relacionadas com a geometria do campo de batalha, o combate de contrabateria da Divisão, a integração de veículos aéreos não tripulados (VANT) e o planejamento dos fogos. A geometria do campo de batalha. A coordenação e a sincronização dos fogos são duas das missões principais da Art Div como o Comando da Artilharia da força. Embora houvesse participação limitada da Art Div nos exercícios de combate desde a reativação, as observações iniciais do MCTP ressaltaram dificuldades que a unidade e o quartel-general da Divisão tinham com o estabelecimento, a disseminação e o rastream ento das medidas de coordenação de apoio de fogo permissivo. Essas aceleram, ao invés de restringir, batendo os alvos com fogos e proporcionam medidas de controle gráficas5. Essas observações não se aplicaram à 101a Art Div durante qualquer uma das suas experiências nos exercícios de combate porque ela tinha estabelecido e monitorado as medidas de coordenação de apoio de fogo no Advanced Field Artillery Tactical Data System (“Sistema Avançado de Dados Táticos de Artilharia de Campanha”) e no Joint Automated Deep Operations Coordination System (“Sistema Conjunto de Automatização da Coordenação de Operações Profundas”). Em vez disso, o principal desafio da geometria do campo de batalha resultou do posicionamento planejado e do movimento baseado na situação das medidas de coordenação de apoio de fogo. As duas mais importantes medidas de coordenação de apoio de fogo eram as linhas de controle de fogos permissivos (linha de segurança de apoio de Artilharia – LSAA, na doutrina do EB) e as linhas de coordenação de apoio de fogo (LCAF, na doutrina do EB). A primeira é a linha além da qual os meios de apoio de fogo de 80 superfície podem disparar munições superfície-superfície sem mais coordenação com o comando da força que a estabeleceu. Tipicamente, o quartel-general de Corpo de Exército estabelece a última dentro da sua área de operações para coordenar o ataque rápido contra alvos além da linha com sistemas de armas conjuntos. Considerando que essas medidas de coordenação de apoio de fogo eram permissivas, qualquer unidade pode disparar além delas depois de coordenar com o comando da força que a estabeleceu. Além da sua importância na facilitação de fogos, as linhas de controle de fogos permissivos e as linhas de coordenação de apoio de fogo ajudaram a delinear as áreas de responsabilidade para engajamento de alvos (veja a figura). O Corpo de Exército é o “dono” da área além das linhas de coordenação de apoio de fogo, a área entre as linhas de coordenação de fogos de apoio e as linhas de controle de fogos permissivos define o combate profundo da Divisão, e as áreas antes das linhas de controle de fogos permissivos pertence às brigadas de combate (i.e., o combate aproximado da Divisão). Durante o exercício de combate WFX 15-5, a 101a Art Div aprendeu que essas medidas de controle permissivas eram demasiadamente afastadas se planejadas com base no alcance máximo das munições convencionais. O planejamento das medidas de coordenação de apoio de fogo com base no alcance máximo de canhões e de sistemas de foguete inadvertidamente permitia que o inimigo pudesse se posicionar onde a Art Div não podia atingir, sem usar o seu fornecimento limitado de munições de alcance estendido ou de precisão. Como resultado, isso criou refúgios seguros onde o inimigo atuou com poucas interrupções. Embora as munições de foguete, como os sistemas de lançamento múltiplo de foguetes e os sistemas de mísseis táticos do Exército, possam estar disponíveis para atingir os alvos dentro desses refúgios de segurança artificiais, a sua disponibilidade limitada e os critérios estabelecidos nas normas de fogo tornaram impraticável a execução dessa tarefa. Como resultado, a Divisão tinha solicitar ou redefinir missões dos meios de apoio aéreo para engajar as formações inimigas e assim continuar realizando o seu combate profundo. Problemas semelhantes surgiram durante o planejamento das linhas de controle de fogos permissivos no alcance máximo dos sistemas de canhão. Isso forçou Quarto Trimestre 2016  MILITARY REVIEW