Military Review Edição Brasileira Quarto Trimestre 2016 | Page 28

métodos de contrapropaganda que pessoas nos estados-maiores conjuntos de Op Info devem seguir ao responder à propaganda inimiga ou aos ataques de informações negativas. A inclusão de antigas técnicas doutrinárias de propaganda do Exército nas publicações conjuntas proveria, no mínimo, as ferramentas básicas a esses estados-maiores. A Contrapropaganda na Doutrina Conjunta (Foto cortesia de Bundesarchiv) Adolf Hitler escrevendo um discurso, cerca 1933. Adolf Hitler Mein Kampf Primeira Parte, Capítulo 6: A Propaganda de Guerra Qualquer que seja o talento que se revele na direção de uma propaganda não se conseguirá sucesso, se não se levar em consideração sempre e intensamente um postulado fundamental. Ela tem de se contentar com pouco, porém, esse pouco terá de ser repetido constantemente. A persistência, nesse caso, é, como em muitos outros deste mundo, a primeira e mais importante condição para o êxito. A propaganda... foi criada... para convencer as massas. Esta, porém, necessita - sendo como é de difícil compreensão - de um determinado período de tempo, antes mesmo de estar disposta a tomar conhecimento de um fato, e, somente depois de repetidos milhares de vezes os mais simples conceitos, é que sua memória entrará em funcionamento. Todo anúncio, seja ele feito no terreno dos negócios ou da política, tem o seu sucesso assegurado na constância e continuidade de sua aplicação. Também aqui foi modelar o exemplo da propaganda de guerra inimiga, restrita a poucos pontos de vista, exclusivamente destinada à massa e levada avante com tenacidade incansável. Durante toda a guerra [a Primeira Guerra Mundial] empregaram-se os princípios fundamentais reconhecidos certos, assim como as formas de execução, sem que se tivesse nunca tentado a menor modificação. No princípio essa tática parecia louca no atrevimento de suas afirmações. Tornouse mais tarde desagradável, e finalmente acreditada. Quatro e meio anos após, eclodiu na Alemanha uma revolução cujo leitmotiv provinha da propaganda da guerra inimiga. Na Inglaterra, entretanto, compreendeu-se mais uma coisa, a saber: essa arma espiritual só tem o seu sucesso garantido na aplicação às massas e esse sucesso cobre regiamente todas as despesas. Lá, a propaganda valia como arma de primeira ordem, enquanto que entre nós [os alemães] era considerada o último ganha-pão dos políticos desocupados, e fornecia pequenas ocupações para heróis modestos. O seu sucesso era, pois, de modo geral, igual a zero. Fonte Adolf Hitler, “War Propaganda,” Mein Kampf, vol. 1, chap. 6, Hitler Historical Museum website, Nos últimos anos, a doutrina conjunta e a das Forças Singulares sobre as Op Info raramente enfatizam o enfrentamento da propaganda. De fato, a Publicação Conjunta 3-13.2, Operações Psicológicas ( JP 3-13.2, Psychological Operations), substituiu o termo “contrapropaganda” por “enfrentar desinformações inimigas” e “enfrentar atividades de informações inimigas”12. A Publicação Conjunta 3-13, Operações de Informações ( JP 3-13, Information Operations) é igualmente deficiente, mencionando o termo “contrapropaganda” apenas uma vez13. Inexplicavel mente, nenhuma dessas publicações doutrinárias proporciona orientação para empregar as medidas de contrapropaganda. Por outro lado, o Manual de Campanha do Exército 3-05.301, Táticas, Técnicas e Procedimentos das Operações Psicológicas (FM 3-05.301, Psychological Operations Tactics, Techniques, and Procedures), fornece orientação sobre a análise de propaganda e as técnicas de contrapropaganda14. Infelizmente, esse manual foi declarado obsoleto pelo Exército, em 2014. A falta atual de ênfase na contrapropaganda dentro da doutrina conjunta (resultando em uma falta acesso em 30 mar. 2016, http://www.hitler.org/writings/Mein_Kampf/mkv1ch06.html. Para a versão em português, veja https://archive.org/details/meinkampf_minha_luta, da opção de download “FULL TEXT”. Quarto Trimestre 2016  MILITARY REVIEW