Military Review Edição Brasileira Março-Abril 2014 | Page 61

oficiais subalternos A Experiência Representa uma Lacuna na Formação do Oficial Subalterno? Major Adam Wojack, Exército dos EUA E Arte: Napoleão no campo de batalha de Eylau (Prússia), durante uma das Guerras Napoleônicas (a Guerra da Terceira Coalizão, 1807), óleo sobre tela, de Antoine-Jean Gros. M 1808, APÓS derrotas humilhantes infligidas pela França de Napoleão, o governo prussiano atribuiu boa parte da culpa por seus infortúnios a uma fraca liderança militar, reformulando, subsequentemente, os critérios nacionais para a preparação de oficiais. Um dos requisitos eliminados foi o de que oficiais fossem provenientes exclusivamente da aristocracia do país. “As únicas qualificações para tornar-se um oficial”, afirmava a diretriz, “serão, em tempo de paz, a formação e o conhecimento profissional; em tempo de guerra, o destaque por bravura e discernimento. […] Todas as preferências de classe previamente existentes no sistema militar estão abolidas”1. O governo prussiano também instituiu o requisito de que todos os aspirantes servissem como praças por seis meses (para proporcionar-lhes uma boa base na aquisição de proficiência técnica) e cursassem uma escola profissional durante nove meses antes de se tornarem oficiais. Essas reformas, geralmente reconhecidas como o início do oficialato moderno, visavam a garantir futuras vitórias ao prepararem o tipo de comandante capaz O Major Adam Wojack, Exército dos EUA, é bolsista do Programa de Treinamento na Indústria na FleishmanHillard, uma firma internacional de comunicações, em Nova York. É mestre em Estudos Militares Avançados pelo U.S. Army Command and General Staff College. Military Review • Março-Abril 2014 59