Military Review Edição Brasileira Março-Abril 2014 | Page 27

gerenciamento de risco que toma, continuamente, as melhores decisões possíveis em um ambiente ambíguo e incerto e um outro que é simplesmente negligente, descuidado e inadequado ao comando ou que fomenta um ambiente ruim. Existe, ainda, uma linha tênue entre responsabilizar comandantes de um modo justo por suas ações e utilizá-los como “bode expiatório”. O Exército deve levar em consideração essas importantes distinções nos próximos anos, para ajudar a estabelecer o melhor ambiente possível. Isso é algo especialmente relevante, conforme o Exército busque internalizar as lições aprendidas com acontecimentos de destaque recentes. Também ajuda a ilustrar por que uma adoção não oficial de uma abordagem de “erro zero” (expressão que ganhou destaque no Exército dos EUA durante os anos 90) seria condenável. O Exército dos EUA parece pronto para iniciar uma considerável redução de Unidades e efetivos, e poderá haver uma pressão cada vez maior para Exército dos EUA um êxito de curto prazo com um ataque, assassinato ou alguma outra ação de grande destaque. Um acontecimento negativo como esse pode ser acompanhado de uma cobertura negativa pela mídia norte-americana, um aumento do estresse organizacional e o ímpeto de responsabilizar alguém11. Contudo, uma avaliação precipitada pode ser profundamente injusta para a Unidade mais próxima dos fatos e contraproducente para o ambiente de longo prazo do Exército. O objetivo de um comandante é estabelecer as condições para que tais contratempos sejam raros, sabendo, contudo, que nem sempre é possível eliminá-los. Não se trata de uma recomendação para que absolvamos os comandantes da responsabilidade por suas ações. Cabe a eles a responsabilidade final pelas decisões que tomam ou deixam de tomar, bem como pelas ações das Unidades subordinadas ao seu comando. Contudo, há uma enorme diferença entre um comandante Militares do 7o Regimento de Cavalaria patrulham área próxima ao local de um ataque contra um comboio norte-americano no bairro de Adhamiyah, em Bagdá, 21 Ago 08. Military Review • Março-Abril 2014 25