Military Review Edição Brasileira Julho-Setembro 2016 | Page 78
remoção das quatro Forças Singulares do combate pelo
Componente Cibernético (CCC). Da mesma forma
ciberespaço reduz o risco de elas pisotearem umas às
que os componentes existentes das Forças Singulares
outras e de desperdiçar recursos.
servem, frequentemente, duplas funções como comAs vantagens para as Forças Armadas. No liponentes funcionais (e.g. um comando componente da
vro Good to Great - Empresas Feitas para Vencer, Jim
Força Aérea pode, também, servir como um comando
Collins moderniza alguns dos pensamentos de Adam
componente da força aérea conjunta), o CCC arcaria
Smith e observa que as empresas bem-sucedidas se ape- com as responsabilidades funcionais da guerra cibergam aos seus conceitos centrais, repudiando distrações.
nética. A Força Cibernética pode equipar cada um
Collins oferece
dos comandos
três perguntas
combatentes
para ajudar
geográficos
a determinar
com um CCC
um conceito
focado nos
central de uma
sistemas da área
empresa: Está
de responsabiapaixonado
lidade. O CCC
profundamente
do Comando
com o que? Em
Estratégico
que pode ser
dos EUA
o melhor do
(STRATCOM)
mundo? O que
pode servir
compele o seu
como um
motor econôsincronizamico?2 Embora
dor mundial
a última perdas ameaças
gunta seja difícil
que atraves(Imagem cortesia do CERDEC)
Os
limites
entre
as
ameaças
cibernéticas
tradicionais
e
as
ameaças
tradicionais
de
guerra
traduzir para o
sam áreas de
setor público, as eletrônica têm se tornado indistintos. O Programa Integrado de Guerra Cibernética e de
responsabiliGuerra Eletrônica, do Centro de Pesquisa, Desenvolvimento e Engenharia de Comunicaprimeiras duas
dade, e o CCC
ções-Eletrônica (CERDEC), emprega as capacidades de guerra cibernética e eletrônica
ajudam a esclacomo um sistema integrado para aumentar o conhecimento da situação do comandante.
do Comando
recer a razão
das Operações
pela qual o ciberespaço não deve ser uma competência
Especiais dos EUA (SOCOM) pode prover guercentral para as Forças Singulares existentes. É difícil
reiros cibernéticos capazes de infiltração física para
imaginar a Marinha como a melhor do mundo na guer- obter acesso direto aos sistemas de circuito fechado
ra cibernética, ao mesmo tempo em que é a melhor do
do adversário. Talvez com o consentimento alvará
mundo na guerra marítima. Da mesma forma, poucos
do Departamento de Defesa, o CCC do Comando de
fuzileiros navais se descreveriam como profundamenTransporte dos EUA poderia fortalecer os sistemas
te apaixonados com a guerra cibernética. A natureza
cibernéticos dos parceiros-chave do setor de transpordelicada e distante da guerra cibernética se conflita com te (e.g., empresas particulares de transporte de carga,
a cultura de combate aproximado e pessoal do CFN.
controladores de tráfico aéreo e empresas ferroviárias),
Ao tirar a distração da guerra cibernética e transferi-la
ajudando a força conjunta a superar os desafios de
para a nova Força Cibernética, as Forças Singulares
antiacesso. Operar uma força cibernética é muito mais
atuais mantêm a sua concentração nos seus domínios
simples e mais eficiente do que ter as Forças Singulares
específicos.
existentes a contribuir com o CYBERCOM, o qual
Como uma Força Singular, a Força Cibernética
tem que juntar improvisadamente as unidades cipode prover contingentes a cada um dos comanbernéticas e entregá-las aos comandos combatentes
dos combatentes, na forma de um Comando do
posteriormente.
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