Military Review Edição Brasileira Julho-Setembro 2016 | Page 37

DESAFIOS DO AFRICOM
( Cb David M . Shefchuk , Exército dos EUA )
As forças de operações especiais senegalesas conduzem um desembarque na praia durante o exercício Flintlock 2016 , em Saint Louis , Senegal , 12 Fev 16 . As operações ribeirinhas , como essa , são importantes na 2a Zona Militar em Saint Louis porque a região possui 700km de litoral . O exercício culminou em uma semana de treinamento com forças de operações especiais da Holanda e dos EUA . O Flintlock 2016 foi planejado para melhorar a interoperabilidade entre todas as nações participantes .
missões de assistência às forças de segurança podem utilizar conjuntos de missão de forças terrestres , com outros módulos de missão em contêineres de apoio , como necessário . Os módulos de sala de aula seriam úteis para o treinamento de forças militares e policiais dos amigos , especialmente quando uma nação anfitriã possuir poucos recursos . Na Somália , por exemplo , os esforços de treinamento internacional , às vezes , começaram a construir as forças locais a partir de uma estrutura militar local extremamente reduzida e deficientemente treinada . Alguns países faltam capacidades não apenas em táticas e planejamento militares , mas também em manter o controle civil das forças armadas e no combate à corrupção e às influências tribais ou sectárias que enfraquecem as instituições da defesa .
O desenvolvimento de forças de reação militar africanas básicas , como a Força de Prontidão Africana multinacional , que é baseada regionalmente e estabelecida sob os áuspices da União Africana para prover uma força para responder aos desastres ou crises africanos , é também uma missão que os cruzadores auxiliares modularizados podem apoiar .
As forças militares norte-americanas e africanas , e outras forças amigas com interesses na África , podem fortalecer a interoperabilidade , empregando conjuntos de missão relacionados ao treinamento desdobrados na terra ou em um cruzador auxiliar modularizado , para uma ampla gama de missões educacionais militares e não militares . Isso aumentaria o conhecimento dos EUA do terreno físico e humano do continente e facilitaria intervenções mais eficientes se as forças locais solicitassem assistência durante uma crise .
Fortalecer a segurança marítima . As forças podem usar conjuntos de missão de guerra naval junto com conjuntos de missão relacionados com o Exército , o CFN e a Guarda Costeira para encontrar , rastrear e atacar ou capturar navios piratas ou resgatar suas vítimas23 . Os desdobramentos no Golfo da Guiné ou em apoio ao USCENTCOM , na costa da Somália , podem sustentar essas missões . No caso de missões terrestres para destruir bases de piratas serem necessárias , as unidades de manobras ou de operações especiais do Exército ou do CFN podem ser desembarcados em portos amigos para iniciar as operações do local ou operar diretamente do cruzador auxiliar modularizado , empregando meios aéreos .
Além da sua utilidade para a projeção de poder terrestre do Exército , a Marinha pode lidar com a sua incapacidade de dedicar embarcações escassas ao AFRICOM por meio do desdobramento de cruzadores auxiliares modularizados para certas missões . Esses cruzadores seriam um multiplicador de força das capacidades centrais da Marinha24 .
Apoiar as operações de apoio à paz . Os cruzadores auxiliares modularizados podem preencher as lacunas
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